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Vila Velha de Ródão lança desafio para criação de Observatório do Tejo

A Câmara de Vila Velha de Ródão avançou no último sábado com um desafio para a criação do Observatório do Tejo, cujo objetivo é reunir todo o conhecimento sobre o rio e congregar todas as entidades em torno do projeto.

“O objetivo da Câmara de Vila Velha de Ródão é agregar a sociedade civil, as associações e todos os parceiros neste desafio, reunindo todo o conhecimento e informação sobre o rio Tejo numa plataforma digital, onde possa ser consultada toda a informação e transformar esse conhecimento em iniciativas e dinâmicas em prol do Tejo”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.

O autarca, que falava à margem do II Seminário Transfronteiriço sobre o Desenvolvimento das Comunidades Ribeirinhas do Rio Tejo, adiantou que só com os problemas resolvidos o rio será uma oportunidade para todos.

Luís Pereira comentou ainda as imagens sobre a poluição que afeta o rio em Espanha, transmitidas durante a sessão de abertura da iniciativa, por Enrique Gómez, da Diputácion de Toledo.

“Não nos surpreende. Lamento que muitos interlocutores em Portugal, só olhem para o Tejo a partir da fronteira espanhola. Nós hoje fomos confrontados com a realidade do Tejo a mais de 400 quilómetros de Vila Velha de Ródão. O que nos chega não é água mineral. O que nos chega são efluentes de Madrid, com elevado nível de contaminação”, sustentou.

O autarca disse ainda que para o rio Tejo ser uma oportunidade para os territórios é necessário que haja um diálogo “muito profundo” e um trabalho a desenvolver com o Governo espanhol.

“Temos que ter um diálogo muito profundo e um trabalho a desenvolver com o Governo de Espanha, no sentido de ultrapassar estes problemas, sob pena de continuarmos aqui com um Tejo morto. Pretendemos que seja um Tejo vivo e que seja uma oportunidade de desenvolvimento para o nosso território”, concluiu.

Já Enrique Gómez, além de apresentar as imagens do rio Tejo completamente poluído em território espanhol, realçou que os transvases são efetivamente um dos grandes problemas que afetam o rio.

“Um rio que devia ‘morrer’ no Atlântico, por obra e graça do ser humano, morre no Mediterrâneo”, afirmou.

Este responsável disse ainda que outro dos grandes problemas do Tejo diz respeito aos efluentes que recolhem as águas residuais de Madrid e que despejam no Tejo todos os resíduos líquidos gerados.

*Lusa

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