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Declaração Pela Defesa do Tejo aprovada em Vila Velha de Ródão

Os cerca de 100 participantes no segundo Seminário Transfronteiriço de Desenvolvimento das Comunidades Ribeirinhas do Rio Tejo, que decorreu, no passado sábado na Casa de Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, aprovaram, por unanimidade a Declaração Pela Defesa do Tejo.

O documento será agora enviado aos primeiros ministros de Portugal e Espanha, ao presidente da Assembleia da República Portuguesa, presidentes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, grupos parlamentares portugueses no Parlamento Europeu, embaixadores dos dois países e comunicação social.

A Declaração Pela Defesa do Tejo deu resposta ao desafio lançado pelo presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, que no início dos trabalhos, considerou importante colocar-se o Rio Tejo “na agenda”.

Luís Pereira falava depois de ter escutado o seu homólogo de Toledo, Enrique Gómez, que apresentou um conjunto de fotografias que demonstram a poluição do Rio Tejo em Espanha, provenientes sobretudo de efluentes da zona de Madrid.

O autarca português lamenta ainda que em Portugal, muitos interlocutores só olhem para o Rio Tejo dentro do nosso país. “Estas imagens mostram uma realidade do Rio a mais de 400 quilómetros de Vila Velha de Ródão”, acrescentando que o que chega ao nosso país “são efluentes de Madrid, com elevado nível de contaminação”. Por isso, defende “um diálogo mais profundo com o Governo espanhol”.

A Declaração Pela Defesa do Rio Tejo é composta quatro pontos, a saber:

– Recuperar o Tejo como património ecológico, resolvendo os problemas que afetam o seu curso e as espécies, tanto a flora como a fauna;

– Redefinir o seu significado social, convertendo-o num bem e num recurso coletivo e público, envolvendo a sociedade civil como força motriz para o desenvolvimento;

– Reafirmar a sua função económica de acordo com os princípios atuais de desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo que se recuperam os seus usos tradicionais;

– Resgatar o Tejo como herança cultural e símbolo de identidade socio-territorial.

O Seminário Transfronteiriço de Desenvolvimento das Comunidades Ribeirinhas do Rio Tejo, que decorreu, no passado sábado na Casa de Artes e Cultura do Tejo foi promovido com o apoio do Município de Vila Velha de Ródão, pela Confraria Ibérica do Tejo, em conjunto com a Universidade Europeia e o seu Centro de Investigação Colaborativa para o Design e a Inovação Sustentável.

No encontro participaram autarquias, universidades, politécnicos, especialistas, investigadores, associações e empresários de ambos os lados da fronteira.

Durante os trabalhos foram apresentadas 42 propostas de projetos considerados importantes para o desenvolvimento ribeirinho, alguns dos quais já se encontram em fase de execução.

Das conclusões apresentadas retira-se a necessidade “de procurar fontes de financiamento e de apoio institucional” para a concretização de muitos dos desafios apresentados.

Cerca de100 participantes estiveram presentes no Seminário Transfronteiriço de Desenvolvimento das Comunidades Ribeirinhas do Rio Tejo

Para a organização, o Seminário correspondeu à “estratégia de desenvolvimento para o interior do território”.

Foi ainda anunciada criação de uma equipa de trabalho, que integra uma associação para o desenvolvimento, uma autarquia, uma associação empresarial e duas universidades, para dar prossecução às propostas e conclusões do seminário.

A primeira reunião dessa equipa está a decorrer desde ontem, dia 22  até 26 de janeiro em Cáceres.

Ficou também definido que o III Seminário Ibérico Transfronteiriço do Tejo decorrerá na cidade espanhola de Toledo, em 2019.

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