Política e animais, uma reflexão necessária
Tenho mantido uma postura de resguardo acerca deste assunto polémico, que tantos comentários nem sempre com conteúdo válido, gerou nas redes sociais em páginas relacionadas com o PURP.
Mas uma vez que o PR promulgou o diploma aprovado por unanimidade na AR,- entendi dar a conhecer a minha posição sobre o mesmo.
Quem me conhece sabe que há décadas sou defensor da causa animal e um dos meus ” hobbies” é mesmo a presença dos meus animais em exposições, concursos, filmagens e acções junto de escolas e lares de idosos.
Há tanto que fazer a nível da causa animal que este diploma agora promulgado é uma inversão nas prioridades, há questões socialmente mais importantes para discutir e deliberar, nomeadamente e entre outras, o abandono de animais (a Lei existente peca por omissões várias) e animais errantes, nas nossas cidades, vilas, aldeias… a merecer uma reflexão / acção por parte de toda a comunidade encabeçada pelas Juntas de Freguesia incapazes de propor medidas junto do poder político.
Coloco sérias reservas sobre o êxito deste diploma, esperando que não origine atritos entre donos / proprietários / clientes.
Comentários expressos do género “até os animais têm já um Partido” e “importam-se mais com os animais do que com os idosos” permitam-me lembrar que há imensos idosos cuja companhia, em cada momento, são precisamente os animais, aqueles que lhes lambem as lágrimas e os confortam na solidão, deixados até pelas próprias famílias.
Sei do que estou a falar. Uma oportunidade surge no horizonte próximo para que os reformados, pensionistas e idosos apelidados de uma doença felizmente erradicada possam, também, ter um Partido que os defendam, o PURP – Partido Unido dos Reformados e Pensionistas.
Há espaço para todos nesta sociedade que se pretende mais justa e solidária.
*Fernando Anastácio, Conselheiro Nacional do PURP