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Uma palestra que foi uma lição de António Salvado sobre Castelos, Mitos e Símbolos na Poesia


A Real Associação da Beira Interior, com apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco, organizou, no dia 31 de março, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco uma palestra subordinada ao tema “O Castelo – Mito, Símbolo e História na Poesia Portuguesa”, que teve como orador António Salvado.
Na mesa esteve o orador e o representante da Real Associação da Beira Interior Luís Duque-Vieira.
António Salvado, iniciou a palestra prestando uma sentida homenagem a António Pires Nunes e manifestando-lhe o contentamento pelo facto de ter ultrapassado para melhor a delicada situação de saúde pelo qual passou.
Refira-se que Pires Nunes tem desenvolvido um óptimo trabalho a nível do estudo da história dos castelos.
“Vemos os castelos nas lições de história, de patriotismo, de coragem. De sedução, de traição…Um ´ver´ mais literário que recolhera lendas populares tradicionais ou um ´ver´ colhido nas aventuras de tantos romances de cavalaria medieval”, refere António Salvado.
“O castelo é português, a história é portuguesa, o mito e o símbolo são portugueses, esta situação em três momentos, em três incursões da nossa poesia: 1 – Natureza histórica / satírica (Trovadoresca), 2 – Teor histórico / narrativo (Clássico) e 3 – Dimensão histórico, mitológica e simbólica (Contemporânea)”, explicou o poeta.

António Salvado

Para caracterizar a histórica / satírica foram referidos alguns poemas do trovadorismo medieval, ciclo de entrega dos castelos a Dom Afonso III em desfavor de Dom Sancho II.
No período clássico teremos presentes os versos dos Lusíadas relativo a Dom Dinis I.
Na época contemporânea destaca-se Fernando Pessoa com a sua obra – A Mensagem.
Dom Sancho II herda o país numa situação de instabilidade, havia discórdias entre a nobreza, o clero e o poder real, Dom Sancho II apesar ser um bom guerreiro, não consegue ser um bom político, a tal ponto que haverá uma guerra civil contra o seu irmão Dom Afonso III, acaba por ser vencido e retira-se para Toledo.
Dom Afonso III conquista definitivamente o Algarve e resolve os problemas políticos do país criando estabilidade governamental.
São citados poemas de Diego Pezelho, Dom Afonso Mendes de Besteiros e Airas Peres Vuituron.
Dom Dinis I, notável Rei e homem de cultura, resolveu a situação da Ordem do Templo integrando-os na Ordem de Cristo, fundou e reparou mais de 50 castelos, visionário com o Pinhal de Leiria – foi um plantador de naus que deu rumo à epopeia dos descobrimentos.
Foi citado o poema dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões que refere o grandioso Rei Dom Dinis I.
Fernando Pessoa ao escrever a Mensagem – livro muito bem estruturado de exaltação patriótica e nacionalista, nesta obra notável que é a Mensagem Pessoa refere os 7 Castelos: Ulisses, Viriato, Conde Dom Henrique, Dona Teresa, Dom Afonso Henriques, Dom Dinis I e Dom João I e Dona Filipa de Lencastre.
Os poemas durante a palestra foram lidos por Manuel Costa Alves e Maria de Lurdes Barata (Milola).
 

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