Jael Palhas, investigador do Centro de Ecologia Funcional da Universidade, foi convidado do Café de Ciência, que decorreu no dia 20 de abril no Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova.
O investigador do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra abordou o tema das espécies invasoras presentes em Portugal, com impacto negativo nos ecossistemas, e de onde têm surgido alguns estudos de como combater a sua expansão, de maneira a minimizar os seus efeitos nefastos.
Há plantas invasoras que beneficiam com os incêndios florestais, como as acácias, que acumulam sementes nos solos, podendo permanecer viáveis durante muitos anos, sendo a sua germinação estimulada pelo fogo e se nada for feito poderá colocar em risco o sucesso da recuperação das áreas ardidas.
É urgente tomar medidas na reflorestação destas áreas, de modo a controlar ou mesmo extinguir estas plantas com uma ação mais pró-ativa.
O fogo controlado, o descasque, o corte ou aplicação de herbicidas, foram algumas das hipóteses, em estudo, que o investigador apresentou.
Os jacintos de água ou as plumeiras são outros exemplos de espécies invasoras presentes em Portugal, com características muito próprias, comparadas ao comportamento de um cancro no sere humano: não requerem manutenção, germinam sozinhas e multiplicam-se sem limitações, sem as regras do ecossistema onde estão inseridas, tal como um tumor cujas células crescem e apoderam-se no corpo humano, um paralelismo que Jael Palhas utiliza para explicar os efeitos nocivos que estas espécies representam, quer no sere humano quer nos animais, para além de comprometerem seriamente os solos, destruindo as plantas nativas.
Nesta conversa, Joel Palhas explicou também as diferenças entre as plantas autóctones, aquelas que sempre existiram e evoluíram antes do homem, como a esteva e o rosmaninho; e as plantas exóticas, que foram introduzidas em Portugal, como a batata, o milho, a nespereira, o pimento, espécies que estão na base da alimentação da sociedade atual e que, apesar de terem sido introduzidas de outras partes do mundo, não representam nenhum perigo para os ecossistemas.
Investigadores da UC estudam soluções para combater plantas invasoras em Proença
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