A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) doou hoje 1.079 artigos no valor de 28 mil euros a três instituições do distrito de Castelo Branco, que resultaram de apreensões no âmbito da sua competência de fiscalização.
O inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, explicou à agência Lusa que as instituições agradecem este tipo de donativo que vem reforçar a sua capacidade de apoio.
“Este ano, já vamos com uma tonelada de bens alimentares e cerca de cinco mil peças em termos de vestuário [doados]. Temos sempre a preocupação de cobrir o território nacional, os distritos todos, numa média anual de 100 doações”, afirmou.
Em termos globais, adiantou que a ASAE iniciou este tipo de iniciativas de cariz social em 2014, sendo que no triénio 2015-2017, na parte alimentar, já efetuou uma doação de 35 toneladas, e, em termos de vestuário, foram entregues cerca de 28 mil peças.
“Esta é uma atividade regular que é consequência das apreensões que são feitas e só vamos para a destruição [dos produtos] quando não é possível a sua doação ou as marcas se opõem. Mesmo havendo a primeira recusa, procuramos sempre uma segunda alternativa. Propomos, por vezes, a doação a estabelecimentos de circuito fechado, como estabelecimentos prisionais ou estabelecimentos de saúde mental (…)”, explicou.
Pedro Portugal Gaspar realçou que as marcas dos produtos que são contrafeitos estão cada vez mais recetivas a este tipo de iniciativas e adiantou que isso se deve à relação de confiança que se estabeleceu na cadeia, que inclui os magistrados, passa pelas marcas e termina nas instituições.
Em Castelo Branco, a ASAE entregou hoje 350 peças de vestuário à delegação local da Cruz Vermelha Portuguesa, 379 à Cáritas Interparoquial e 350 unidades à Obra de Socorro Familiar – Abrigo de S. José (Fundão).
As três instituições têm agora 60 dias para retirar os sinais identificativos das marcas das peças doadas para fins de beneficência.
*Lusa