O Bloco de Esquerda (BE) de Castelo Branco defendeu hoje que o município local deve ser sujeito a um “controlo sério, rigoroso e independente” às suas contas, e exigiu maior transparência na autarquia.
Em causa está uma notícia divulgada na edição de segunda-feira do jornal “Público”, na qual se lia que o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia (PS), assinou dois contratos com uma empresa detida pelo seu pai, situação que pode colocar em risco o seu próprio mandato como autarca.
Na resposta ao jornal, Luís Correia falou em “lapso evidente e ostensivo”, e explicou que o último daqueles dois contratos, o de 2015, “apesar de ter sido mantido na plataforma eletrónica” dos contratos públicos, foi por si anulado depois de constatar “o lapso cometido”.
Em comunicado, o BE refere que as notícias são preocupantes e colocam em causa os princípios democráticos de ética e de transparência que devem fazer parte obrigatória de todos os representantes da população.
“O Bloco de Esquerda enviará para a entidade competente o conteúdo da notícia para que se proceda à devida investigação e decidir se proporá medidas futuras em relação ao mandato do presidente da Câmara Municipal, Luís Correia”, lê-se na nota.
Face às atuais circunstâncias, o BE entende que o município local deve ser sujeito a “um controlo sério, rigoroso e independente” às suas contas.
*Lusa