A Real Associação da Beira Interior com apoio da Junta de Freguesia de Alcains, organizou uma palestra no dia 27 de Maio, com o orador convidado, o alcainense Florentino Vicente Beirão, que abordou o tema – “A História de Alcains” na obra de Florentino Vicente Beirão.
Na mesa estiveram o orador, o presidente da Junta de Freguesia de Alcains, Mário Rosa e pela Real Associação da Beira Interior, Luís Duque-Vieira.
Florentino Vicente Beirão falou, da importância da História como ciência da qual deve seguir o método científico, referente à documentação existente para ser elaborado um bom trabalho, tendo também em conta as fontes orais e a tradição.
Segundo a tradição Alcains ter-se-á iniciado como localidade habitável na Pedreira, mas devido a uma praga de formigas, a população fixou-se na actual zona que é hoje habitada.
Ao longo dos anos o número de habitantes foi aumentado e com isto o povoamento que era disperso foi-se concentrando.
Há 5000 anos Alcains era habitada pelo Celtas, a época era completamente distinta em relação à actualidade, pois a zona da Ribeirinha foi absorvida com a urbanização.
Existia uma fonte romana que abastecia a população de Alcains, as pessoas deslocavam-se para recolher o bem precioso, a Água.
Existia um caminho romano utilizado pela população durante vários Séculos, caminho esse ainda utilizado pelas leiteiras no Século XX, a fim de se deslocarem até Castelo Branco a pé, para vender o leite, caminho esse, também conhecido pelo caminho da Pedra da Légua.
o Século XIX foi construída a Estrada Real que é actualmente a estrada nacional.
Nos últimos 5000 anos, por Alcains viveram os Celtas, Romanos, Visigodos, Árabes (existem vestígios, não foram encontrados vestígios dos mouros, pois terão sido destruídos, mas os Árabes raramente construíam algo perto da Raia, pois era zona de combate), a reconquista cristã com a fundação da nacionalidade, Descobrimentos, Antigo Regime, Liberalismo, I, II e III república.
Alcains teve muitos sacerdotes, entre os quais 3 bispos, pertenceu ao bispado da antiga Egitânia, Guarda, Castelo Branco, Portalegre e actualmente pertence à Diocese de Portalegre – Castelo Branco.
Alcains teve dois momentos de industrialização, a primeira foi no Século XVI com a participação dos Judeus expulsos do Reino de Espanha, industria essa das lãs, sapatos e chapéus.
A segunda industrialização teve uma fase de arranque nos anos 30 e 40 do Século XX com António Trigueiros de Aragão, mas só vingou nos anos 50 com a fábrica Lusitânia, depois nos anos 60 e 70 Alcains cresceu de forma exponencial com a Dielmar, Alprema, Matadouro, Sicel…
Importantes, igualmente, os Canteiros alcaineses que, muitas marcas deixaram do seu trabalho tanto em Alcains, na Metrópole, Ilhas e antigas Colónias.
Outras referências são de grande importância em Alcains, esta localidade teve Santa Casa da Misericórdia, tem um lar de grande importância na localidade, o conhecido Lar Major Rato e o Seminário São José de Alcains. A localidade que passou a vila em 1971, falhou as três tentativas de promover Alcains a sede de Concelho.
Palestra em Alcains aborda a “História de Alcains” na obra de Florentino Beirão
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