Terminou no sábado, para a seleção nacional portuguesa, o Mundial da Rússia.
Num jogo em que Portugal até teve mais posse de bola houve, no entanto, duas circunstâncias que contribuíram para o desfecho negativo [1-2], frente à equipa uruguaia.
Primeiro maior consistência do adversário, apesar do pouco futebol mostrado, e por outro lado algumas exibições menos conseguidas de jogadores portugueses.
Não interessa aqui individualizar. No entanto referência para Fernando Santos, que ao manter a sua filosofia de jogo, não ajudou a outro desfecho.
Depois alguma “sorte” do jogo, é verdade que a procuraram, por parte da equipa sul americana e a indiscutível qualidade de três ou quatro dos seus jogadores, aliada à desinspiração de outros tantos jogadores portugueses, fizeram o resto.
Evidentemente que face ao jogo jogado, no final dos noventa minutos, o resultado porventura mais justo, seria o empate e o consequente prolongamento.
Não quiseram os deuses que assim fosse e Portugal disse adeus à Rússia.
Resta-nos agora, vibrar e puxar pela selecção brasileira, uma equipa que daquilo que me foi dado ver, é provavelmente, a selecção que melhor e mais bonito futebol tem jogado neste mundial.
Vibremos e cantemos a alegria do futebol com os nossos irmãos brasileiros.
Quem sabe se ao fazê-lo, não estaremos a afastar dos nossos pensamentos, a ideia que já hoje me passou pela cabeça, de que foi a última vez que vimos jogar juntos, na equipa de todos nós, alguns dos jogadores que marcaram uma época bonita do futebol nacional, cujo ponto alto aconteceu há precisamente dois anos em França.
No próximo Mundial, em 2022, muitos deles já não terão condições, para dar o seu contributo à equipa de todos nós.
Uma coisa importante é que não se atirem, agora pedras, a ninguém. Nem aos jogadores, nem à equipa técnica e muito menos aos dirigentes que dotaram, esta participação, com condições de excelência para que nada faltasse ao grupo de trabalho.
O futuro é olhar em frente, gozar umas merecidas férias e depois, bem depois, é tempo para analisar os detalhes, com tempo, com calma e cabeça fria, porque há sempre situações a corrigir.
Ninguém é infalível. Teremos tempo para o fazer, antes de começar o trabalho com os olhos postos no futuro [próximo Europeu em 2020], onde iremos defender o título de Campeões e portanto, não teremos a rotina do apuramento, facto a que não estamos habituados e portanto onde teremos processos de trabalho bem diferenciados do que é normalmente apanágio da equipa.
Força Portugal. Boa sorte Brasil!
*José Lagiosa, diretor do beiranews.pt