São cada vez mais os emigrantes portugueses e seus descendentes que procuram regressar e conhecer o lugar de origem, as suas raízes, num movimento que vai ter apoios do Governo português, conforme referido pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas esta segunda-feira em Corgas, Proença-a-Nova, durante a homenagem realizada ao Padre Joaquim Martins Castanheira.
“O Governo está comprometido com a preparação e com o trabalho que está a ser desenvolvido para um plano de regresso para aqueles que queiram regressar às suas terras de origem e, para prepararmos esse regresso, precisamos de alguns elementos fundamentais: primeiro precisamos de autarquias comprometidas com esse objetivo”, referiu José Luís Carneiro.
Na sua perspetiva, as autarquias têm um papel fundamental para mostrar as infraestruturas que tornam hoje os municípios atrativos e as condições disponíveis também para quem quer investir. “Julgo que o Município de Proença-a-Nova está nos primeiros a compreender este fluxo e a desenvolver políticas para atrair esta vontade daqueles que estão fora e que se querem reencontrar com os seus locais de partida”.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas falava no encerramento da cerimónia de homenagem a um natural das Corgas que foi dos primeiros a emigrar para o Brasil, em 1914, tendo levado consigo, nos anos que se seguiram, alguns dos seus familiares que aumentaram consideravelmente a diáspora proencense neste país, sendo hoje cerca de 200 os descendentes da família Castanheira em terras brasileiras.
“Assim como o Padre Joaquim Martins Castanheira teve um efeito de apoio à saída daqueles que foram para o Brasil, agora possamos fazer o mesmo movimento para aqueles que, estando no Brasil hoje, olham para Portugal”, acrescentou José Luís Carneiro, enumerando alguns dos benefícios que o país apresenta, como o acesso à saúde ou à educação e a segurança.
Também o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova considera que os municípios localizados nos territórios de baixa densidade apresentam oportunidades de investimento que podem ser concretizadas tanto por quem está como por quem poderá vir de fora.
João Lobo destacou os sectores da floresta ou da agricultura biológica que são exemplos onde se pode gerar riqueza, criando empregabilidade, naquela que é também uma estratégia do Município.
No seu discurso, apelou a que todos aqueles que são do território e que migraram o promovam: “O apelo das saudades e das raízes é profundo e com o contributo de todos podemos aproveitar as oportunidades que temos, olhando para os exemplos deixados por aqueles que lutaram e deram vida às nossas aldeias há muitas décadas”, referiu o autarca.
João Lobo agradeceu a presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas nesta homenagem, sendo um reflexo do trabalho que tem desenvolvido junto da diáspora e do seu perfil humanista.
Agradeceu igualmente aos promotores da iniciativa, nomeadamente a Libânio Martins e à família Castanheira que, no final, ofereceu às entidades presentes uma garrafa de vinho personalizada e alusiva à homenagem.
Para apoiar quem pretende emigrar ou regressar às origens, o Município disponibiliza o Gabinete de Apoio ao Emigrante, que funciona diariamente na Casa das Associações.
Na página diasporaproencense.pt estão disponíveis os serviços que este Gabinete presta bem como outras informações úteis para os proencenses emigrantes.
Regresso ao lugar de origem cada vez mais frequente entre emigrantes
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