Aniversário contou com a inauguração da exposição “Naturia Secreta”
O Centro Ciência Viva da Floresta assinalou o 11º aniversário, no dia 21 de julho, com a inauguração da exposição de ilustração científica “Naturia Secreta” de Luísa Ferreira Nunes.
No mesmo dia, foi igualmente assinalado o Ano Municipal da Floresta que está a ser comemorado todos os dias 21 de 2018.
“Os proencenses devem sentir-se orgulhosos de ter este equipamento”, afirmou, na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova.
João Lobo destacou o dinamismo do Centro e o facto de ser o equipamento mais visitado do concelho.
“Não são as paredes que atraem os visitantes, são as pessoas que trabalham aqui dentro que, ao longo destes anos, têm conseguido criar dinâmicas no sentido de sermos atrativos”, referiu, agradecendo a todos os colaboradores do Centro Ciência Viva da Floresta nas pessoas do diretor e vice-presidente da Câmara, João Manso, da diretora executiva, Edite Fernandes, e dos coordenadores Sónia Tomé e Victor Bairrada.
Em dia de celebração, João Lobo apontou dois desafios que se colocam ao CCV da Floresta, o primeiro dos quais, relacionado com aquele que é a sua principal temática: a floresta.
“Tem a ver com a formação e com a sensibilização dos cidadãos relativamente àquilo que é a gestão e o ordenamento florestal e os cuidados que devemos ter quanto à segurança de pessoas e bens nos aglomerados populacionais”, enunciou, instigando a instituição a ter novamente um papel diferenciador no concelho e na região.
O segundo desafio, para o autarca, prende-se com o projeto BioAromas, da responsabilidade do Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova, em parceria com o Centro Ciência Viva da Floresta e o Município, em que se pretende dar uma alternativa de trabalho aos jovens com necessidades educativas especiais após estes terminarem o ciclo escolar.
“É dar hipóteses àqueles que têm condições diferenciadas de aprendizagem para que, depois de chegarem ao limite do ponto de vista da idade no ensino, tenham capacidade e forma de prosseguirem e de serem úteis à sociedade”, referiu.
Sobre a exposição «Naturia Secreta», João Lobo agradeceu a disponibilidade de Luísa Ferreira Nunes em mostrar ilustrações científicas que estão igualmente expostas em Florença, Itália, reforçando uma parceria de há vários anos e que, no futuro, se materializará também na apresentação de um diário de campo dedicado às espécies da Beira Baixa.
Guiando os presentes pelas diversas ilustrações, Luísa Ferreira Nunes explicou que estes organismos são extremamente valiosos no mercado negro, só ultrapassados pelo negócio ilícito de armas e droga.
“Alguns destes insetos podem valor milhares de dólares”, explicou.
Têm a designação de insetos-joia por terem exoesqueletos brilhantemente coloridos e texturas que podem produzir um brilho metálico e as rugosidades multifacetadas que projetam a luz e os reflexos como se de uma joia se tratasse.
As ilustrações foram realizadas no Museu de Arte Natural de Florença com o objetivo de dar a conhecer “estes organismos que são extraordinariamente belos”, encontrando-se alguns deles em vias de extinção.
A autora deu os parabéns ao Centro Ciência Viva da Floresta por acolher a exposição: “Achei a abordagem que escolheram muito interessante e inovadora de familiarizarem as pessoas com estes insetos pois não são só as nossas espécies que devemos compreender e conservar, mas no fundo conhecer todas estas espécies que têm a sua importância no seu ecossistema e na biodiversidade e são extremamente raros”, afirmou.