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Brasileiros têm hoje a responsabilidade de escolher o seu próprio destino

O povo brasileiro está hoje a votar para escolher o seu próximo Presidente.
Com efeitos milhões de brasileiros têm a responsabilidade suprema de escolher quem vai, nos próximos anos, dirigir os destinos de um País de língua portuguesa e um dos maiores do continente americano.
Depois de uma primeira volta com múltiplos candidatos, passaram à 2ª volta que hoje decorre, Haddad do Partido dos Trabalhadores e Bolsonaro, candidato do PSL.

José Lagiosa

De espetros políticos completamente antagónicos, um representa o período, para uns, fabuloso para outros de imensa corrupção, o de Lula da Silva, o outro representa o que de mais perigoso e tenebroso o Brasil tem, os brasileiros que defendem ser necessário voltar a um Estado autoritário, policial e quiçá de contornos fascizantes!
Na realidade, pela recusa antidemocrática de participar em debates, pelas declarações a raiar o verbalismo reaccionário, grotesco e até de alguma má educação, Jair Bolsonaro mais parece um tenebroso ex-militar, obstinado na conquista do poder, mesmo com métodos do vale tudo, o que logo à partida não augura nada de aceitável ou democrático.
Eu que vivi, em S. Paulo, Brasil, no início da década dos anos oitenta do século passado, lembro bem o que era o sentimento do povo brasileiro, acabados de sair do regime militar brasileiro, cujo último Presidente foi o General Figueiredo.
A liberdade, a soltura com que passaram a viver os brasileiros, nomeadamente das classes intermédias, pese embora o destino lhes tenha pregado alguns dissabores, o que foi fazendo crescer o apoio, a um sindicalista dos Metalúrgicos, de seu nome Lula da Silva, afinal aquele que anos mais tarde chegaria a Presidente do Brasil, é a prova disso mesmo.
Lula fez renascer a esperança e fez o que era possível, para dar mais escola, mais economia e mais auto estima aos brasileiros, cansados da ditadura militar e é bom que não se esqueçam disso mesmo. Não desperdicem as conquistas, que tanto trabalho, suor, sangue e lágrimas custaram a conseguir.
Os mandatos de Lula da Silva devolveram aos mais desprotegidos do Brasil, uma dignidade, um voltar a sentir-se cidadãos, melhorando a sua condição de vida, dando escolas às crianças, devolvendo terras aos “Sem Terra” e colocando o Brasil, novamente no mapa do mundo.
Hoje, julgado e preso por situações muito mal esclarecidas, com os diversos Poderes a imiscuir-se em terrenos alheios, Lula da Silva viu-se impedido de concorrer a estas eleições, quando as intenções de voto rondavam perto dos 70% .
Obviamente que a popularidade de Fernando Haddad não é, nem de perto nem de longe, nada que se compare à de Lula, mas entre um Presidente democrático e um que de democrata tem muito pouco, os brasileiros deviam interiorizar aquilo que pretendem para o futuro dos seus filhos.
Conciliar segurança com democracia e liberdade num país com as características do Brasil não é tarefa fácil. Há e haverá sempre a tendência para resvalar para autoritarismos que inevitavelmente descambam para reaccionários métodos de controlo político de cariz fascizante.
Espero que feitas as contagens, no final da votação, o vencedor e o vencido sejam dignos do voto dos brasileiros, mas acima de tudo que respeitem o resultado resultante dessa mesma escolha.
Viva o Brasil, vivam os brasileiros, viva a Democracia, viva a vontade inalienável dos eleitores manifestada em eleições livres e democráticas!

*José Lagiosa, diretor do beiranews.pt

 
 

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