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A Fundação ”la Caixa” e o BPI, em colaboração com a Câmara Municipal de Castelo Branco, apresentam a exposição “A Floresta”

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Luís Correia, e o presidente honorário do BPI e curador da Fundação “la Caixa”, Artur Santos Silva, apresentaram hoje em Castelo Branco a exposição “A Floresta”.
Trata-se da primeira exposição itinerante da Fundação ”la Caixa” em Portugal. Esta mesma exposição, adaptada agora à realidade de Portugal, teve mais de um milhão de visitantes nas várias cidades de Espanha onde esteve presente.
A Fundação ”la Caixa”, com sede em Espanha e uma das mais relevantes a nível internacional, iniciou este ano a sua implantação em Portugal, consequência da entrada do BPI no Grupo CaixaBank.
A floresta não é um conjunto de árvores mas sim um complexo ecossistema onde habitam e se relacionam um grande número e variedade de seres vivos. Além de dar abrigo a toda esta biodiversidade, as florestas desempenham uma série de funções ambientais fundamentais para que a vida no planeta seja tal como a conhecemos. Deste modo, a primeira parte da exposição centra-se na organização hierárquica dos diferentes níveis de vida, desde a biosfera até ao nível microscópico. Ao mesmo tempo, é feita uma viagem pelos diferentes elementos que compõem e caracterizam os ecossistemas florestais e as suas dinâmicas naturais, desde o modo como o crescimento das árvores afeta o clima às relações que se estabelecem entre seres vivos, passando pelos diferente componentes e processos que ocorrem no solo da floresta.
Grandes protagonistas
Os protagonistas destes ecossistemas são as árvores e a elas é dedicada a segunda parte da exposição. As árvores são seres vivos pluricelulares, vegetais e lenhosos que ocupam o estrato mais elevado da vegetação. É neste âmbito que se explica as partes constituintes de uma árvore, as funções de suporte e de captação das raízes e como se expandem as florestas através das sementes. Também se explicam as diferentes partes que compõem a madeira das árvores e como as alterações climáticas as influenciam.
De facto, através da cronologia das mudanças climáticas mais recentes compreende-se em grande medida a distribuição atual das florestas e das espécies florestais no conjunto do continente europeu e, mais concretamente, na Península Ibérica.
Atualmente, a Península Ibérica tem 21,6 milhões de hectares de floresta, o que corresponde a 36% da sua superfície total, pouco menos de 60 milhões de hectares
É uma das regiões com mais biodiversidade no continente e com maior área florestal, sendo essa riqueza evidente na grande diversidade de espécies de flora e fauna que habitam as suas florestas. Neste sentido, a exposição apresenta dezoito das espécies mais representativas de toda a Península Ibérica. O público encontrará uma coleção de amostras de diferentes madeiras, folhas e frutos que ajudarão a identificá-los e diferenciá-los uns dos outros, bem como instrumentos e objetos feitos a partir dessas madeiras. Alguns dos elementos expostos são muito comuns no nosso dia-a-dia, outros pertencem a outra época e são um testemunho do nosso recente património cultural e artesanal.

Aspeto parcial da exposição A floresta Fundação la Caixa

Espécies singulares
Mas nem todas as árvores são iguais. Em todas as regiões existem espécies únicas que se destacam do resto e são conhecidas devido a alguma característica relacionada com o seu tamanho, a sua história ou a sua dimensão cultural e tradicional.
É o caso dos cinco exemplares excecionais de Portugal representados na exposição “A Floresta”: a Oliveira do Mouchão, em Abrantes, a Castanheira de Vales, em Vila Pouca de Aguiar, o eucalipto da Mata Nacional de Vale de Canas, em Torres do Mondego, a Azinheira do Porto das Covas, em Loulé, e o Assobiador, em Palmela.
Finalmente, na última parte da exposição “Floresta e Ser Humano”, é explicada a evolução dos usos que as florestas tiveram ao longo da história e qual o seu papel na atualidade.
O uso das florestas na Península Ibérica passou por diferentes fases, desde os primeiros colonos pré-históricos ou as primeiras intervenções romanas, até ao início da exploração florestal em larga escala que coincidiu com a época dos descobrimentos e da construção de barcos, uma atividade que modificou para sempre estas paisagens.
A partir desse momento, e depois com a revolução industrial, as florestas experimentaram uma intervenção humana cada vez mais intensa. A partir delas foi obtida a madeira para construir e energia na forma de lenha e carvão, bem como muitas outras matérias-primas (cortiça, resinas, etc.).
Esta exploração levou a uma redução muito significativa da área das florestas na Península Ibérica, uma tendência que se manteve até meados do século XX. Foi então que o mundo rural e a exploração florestal entraram numa fase de declínio lento e progressivo.
A introdução de novas fontes de energia (combustíveis fósseis) para substituir a lenha e o carvão, e o uso de novos materiais de construção em vez de madeira, reduziram a exploração da floresta e a vida e tradições em torno dela. Um abandono que explica que nas últimas décadas a área florestal se tenha multiplicado, por vezes sem uma gestão adequada.
Atualmente, as florestas continuam a fornecer-nos uma grande quantidade de bens de consumo, bem como serviços essenciais ao nosso dia-a-dia, como os produtos certificados presentes na exposição. Garantir a sustentabilidade ambiental e socioeconómica desses produtos e apostar na economia verde é uma alternativa fundamental para preservar as florestas, a sua biodiversidade e importância ecológica.
Estes ecossistemas estão atualmente sujeitos a riscos de conservação que os ameaçam global e localmente.
Questões como as alterações climáticas, os incêndios florestais ou a desertificação, cujas causas e consequências são importantes conhecer para saber evitá-las.
Desta forma, conhecendo, respeitando, conservando e gerindo de forma sustentável todas as funções e benefícios que a floresta nos oferece, estaremos a apostar num futuro melhor para todos.
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