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Diálogo é única forma de ultrapassar crise política em Timor-Leste, diz Mari Alkatiri

O líder da oposição timorense, Mari Alkatiri, considerou hoje que o diálogo entre os principais líderes “é indispensável” para encontrar uma solução “global, integrada e transversal” e ultrapassar o impasse político e económico que o país atravessa desde 2017.
“A solução é o diálogo. Tenho andado a apelar ao diálogo, os outros dizem que não precisam dialogar”, disse à Lusa o secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), o partido com maior representação parlamentar, atualmente na oposição.
Mari Alkatiri comentava assim a decisão do Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, de vetar o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2019, decisão, disse, que “abre campo para novas iniciativas” para resolver a situação do país.
Entre elas, e mesmo antes de o assunto regressar ao debate parlamentar, Alkatiri defende um diálogo alargado dos principais líderes “com representação parlamentar” e de outras individualidades.
“O diálogo tem que ser extraparlamentar primeiro”, disse, afirmando que era indispensável a participação, além de si próprio, de figuras como Xanana Gusmão (líder do CNRT, maior dos três partidos do Governo) e Taur Matan Ruak (primeiro-ministro e líder da segunda força da coligação do executivo, o PLP).
“É indispensável os dois. Mas pode ser a quatro ou cinco ou seis, mas não muito mais. Seria um cenário que incluiria algumas figuras que não podemos ignorar”, afirmou.
O responsável da Fretilin disse que o veto presidencial “não mata a lei, não mata outras iniciativas, abre campo para novas negociações”.
E, ao mesmo tempo, afirmou que o próprio CNRT, através do presidente da bancada “andava a pedir ao Presidente para vetar”.
“Espero que fiquem satisfeitos. Porque o Presidente vetou. A intenção por detrás das suas posições não sou eu que vou adivinhar. As razões podem ser diferentes das do Presidente”, afirmou.
“Mas na guerrilha, e estamos a ser comandados por um ex-comandante da guerrilha, os fins justificam os meios”, disse.
Alkatiri admitiu que quem fizer uma leitura do OGE percebe que “o Presidente tem as suas razões para questionar” o documento, explicando que é necessário mais diálogo para ultrapassar o veto.”Não sei se é viável ou não é viável (alterar o Orçamento). Se dialogarmos com seriedade, com honestidade e sentido de melhor servir este povo e este país tudo é viável”, afirmou.
O Presidente da República timorense, Francisco Guterres Lu-Olo, comunicou hoje ao parlamento nacional ter decidido vetar o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, questionando vários aspetos da proposta de lei.
Na mensagem enviada ao parlamento, Lu-Olo pede uma “nova apreciação parlamentar que possa considerar uma utilização justa, equilibrada e sustentável e mais eficiente dos recursos financeiros de que o Estado e o povo de Timor-Leste dispõem para a satisfação das suas necessidades essenciais e o crescimento e desenvolvimento nacional”.
Para justificar a sua decisão, Lu-olo questiona a “insustentabilidade agravada do OGE 2019” o facto de adotar uma política económica e financeira assente numa “orientação contrária à Constituição e às leis estruturantes”, o “desequilíbrio orçamental acentuado” e a falta de políticas alternativas.
A decisão de Lu-Olo foi comunicada aos jornalistas pelo chefe da Casa Civil que leu uma declaração à imprensa na Presidência da República.
*Lusa / Foto: ANTONIO DASIPARU

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