Os autarcas dos territórios que integram a área do Tejo Internacional, nomeadamente, os de Castelo Branco, Vila Velha de Ródão, Idanha-a-Nova, Cedillo, Carbajo, Herrera de Alcántara e Alcántara, reunidos em Castelo Branco, demonstram a sua apreensão e grande preocupação pela redução drástica do caudal em toda extensão do Tejo Internacional.
Os autarcas condenam a forma como foram geridos os caudais no percurso do Tejo Internacional, que originaram elevados prejuízos ambientais, turísticos e económicos.
A situação é inédita e inaceitável, demonstrando profunda insensibilidade para com este território, em que os autarcas têm investido no sentido de o Tejo ser um fator de atratividade e de desenvolvimento.
Os autarcas exigem que a situação que agora ocorreu não volte a verificar-se no futuro.
Apelam ainda às entidades responsáveis de Portugal e Espanha que estabeleçam um quadro, que garanta a boa gestão dos caudais e a melhoria da qualidade da água no rio Tejo.
A Agência Portuguesa do Ambiente esteve representada na reunião onde prestou todos os esclarecimentos relativos a este assunto, tendo comunicado que a situação resultou de descargas extraordinárias verificadas da barragem de Cedillo, com o objetivo de Espanha cumprir o regime de caudais estabelecido na Convenção de Albufeira para a bacia hidrográfica do Tejo.