A discussão acerca do novo aeroporto que sirva Lisboa não é de agora.
Arrasta-se e adia-se há demasiado tempo, para agora, sobre uma enorme pressão, o tempo é cada vez mais curto para avançar com o que será, o descomprimir a Portela, leia-se Aeroporto Humberto Delgado, da carga de tráfego aéreo que o sobrecarrega desde há muito.

A necessidade de alargar o aeroporto já vem, pelo menos, desde o tempo do Governo de José Sócrates.
Primeiro a Ota, depois Alcochete e finalmente com Passos Coelho começa-se a falar na solução Montijo.
Finalmente Carmona Rodrigues apresentou uma solução para um novo hub em Lisboa com base em Alverca, projeto aliás defendido por Pedro Santana Lopes.
Não sendo propriamente especialista na matéria, não posso deixar de estar de acordo com aqueles que apontam a solução Montijo como um projeto perfeitamente descabido, por variadas razões a principal das quais se prende com questões ambientais.
Lisboa e as redondezas que a cerca está, no mínimo, saturada de poluição atmosférica e sonora, entre outras para, para que a construção do novo aeroporto se concretize nas redondezas de Lisboa em geral e no estuário do Tejo em particular.
Um país financeiramente débil e esqueçam os “bons resultados” económicos do governo Costa, não pode dar-se ao luxo de gastar uma enorme quantidade de euros, numa solução fraca e ambientalmente nefasta.
Para além disso, Portugal tem já um belíssimo aeroporto construído nos governos de José Sócrates, o de Beja, que reúne todas as condições para vir a ser uma ótima solução.
Bastará, para tanto, planificar e construir as vias rodoviárias e eventualmente ferroviárias que suportem tal decisão.
Mais rápido, mais económico e garantidamente mais eficaz, sem destruir o estuário do Tejo e hipotecar milhões e milhões aplicados numa solução redutora como o Montijo.
Estranho, não deixa de ser, a luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente para a solução Montijo.
Portugal já decidiu, vezes de mais, por soluções apontadas como boas ou razoáveis, nas mais variadas questões, para agora apostar numa solução demasiado perigosa para o ambiente, para as pessoas, para a fauna e a flora da região, par5a os cofres do Estado, sem olhar para as gerações futuras.
É tempo de dizer BASTA!
Não coloquem os interesses dos portugueses na retaguarda dos interesses, porventura menos transparentes, de alguns decisores.
Os portugueses estão cansados de ver governantes gastarem mal os dinheiros comunitários e os euros dos impostos que pagam.