O livro “António Nunes Ribeiro Sanches: Uma Nação no Tempo, Um Sábio na Época”, da autoria de Francisco Abreu, será apresentado no dia 13 de março, pelas 17:30, na Sinagoga da Casa da Medicina Sefardita Ribeiro Sanches.
O livro tenta desmontar a ideia que António Nunes Ribeiro Sanches tinha sido um sábio errante.
Segundo o autor, um sábio errante é aquele que anda um pouco perdido enquanto Ribeiro Sanches viajava com o objetivo da procura de conhecimento.
“Esteve sempre em locais onde podia alcançar mais conhecimento e mais saber.
Esteve na Guarda, em Salamanca, em Coimbra, em Pádua, em Pisa, em Londres, em Paris, entre outros locais, que eram grande centros do saber da época”.
O livro é dividido em duas partes.
Na primeira parte é abordada a presença judaica na Península Ibérica e, em particular, em Portugal.
O autor defende que, durante séculos, os povos, fossem judaicos, cristão ou muçulmanos, sempre se entenderam, apesar das diferentes religiões e que as desordens ocorriam quando se verificavam interferências ao nível das elites religiosas ou políticas.
“O exemplo de Ribeiro Sanches, com as perseguições aos cristãos novos, é revelador.
75 anos depois da libertação do campo de concentração de Auschwitz é o meu contributo para lembrar o holocausto e que os povos não ganham nada quando são envolvidos em conflitos, ódios e rivalidades”, explica Francisco Abreu.
A segunda parte do livro recorda o percurso de Ribeiro Sanches.
Francisco Abreu é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas desde sempre que nutre uma paixão pela História, pela História da Beira Baixa e da sua Penamacor Natal, em particular.
Docente de Filosofia e Psicologia no Ensino Secundário, em Penamacor e em Évora, tem desempenhado diversas funções autárquicas em Penamacor, como vereador e como membro da Assembleia Municipal, desde há mais de trinta anos, sendo de momento 1º Secretário da Mesa da Assembleia Municipal.
Logo na sua juventude empenhou-se no movimento associativo, quer de carácter desportivo, quer humanitário e socio-cultural.
Foi fundador e dirigente, entre 1988 e 1996, da “Menagem – ACDP”, associação que muito marcou e promoveu o movimento de juventude e associativo no Concelho de Penamacor.
Entre julho de 1996 e 2003, foi Diretor Distrital do Instituto Português da Juventude de Castelo Branco.
Nos últimos anos, tem-se dedicado à investigação histórica e patrimonial na sua região.
Prepara para breve uma edição de recolhas etnográficas, no âmbito da poesia popular da raia beirã e da sociologia popular penamacorense relacionada com as alcunhas penamacorenses e as tabernas e o vinho.
Colaborou e colabora com a comunicação social regional, que considera um forte esteio da realidade e da vida socio-cultural da Beira Baixa.