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“Escalos de Cima no Contexto Cultural da Beira Baixa” foi tema de palestra na freguesia

A Real Associação da Beira Interior e a Associação Squalius, organizaram uma palestra no dia 01 de Março, com apoio da União de Freguesias de Escalos de Cima e Lousa.

Palestra subordinada ao tema “Escalos de Cima no Contexto Cultural da Beira Baixa”, o evento foi realizado no Salão Paroquial de Escalos de Cima, a oradora convidada foi a professora, investigadora e geografa Maria Adelaide Neto Salvado.

Na Mesa esteve a oradora, o presidente da União de Freguesias de Escalos de Cima e Lousa, João Miguel Baltazar, o presidente da Associação Squalius, Miguel Rijo e o presidente da Juventude Monárquica da Real Associação da Beira Interior, Rui Mateus.

Em 1906 o Administrador do Concelho de Castelo Branco comunicou ao Governador Civil de Castelo Branco o óbito de um recém-nascido natural de Escalos de Cima, filho de Joaquim Brás e Catarina Soares (Coelho), a criança era para ser enterrada em casa de seus pais, neste caso na rua do Adro, mas as autoridades a partir do delegado de saúde não permitiram tal situação e a criança foi enterrada no cemitério público.

No início do Século XX havia muita mortandade sobretudo mortalidade infantil, em 1906 morreram 21 pessoas em Escalos de Cima sendo 13 óbitos de crianças.

Era Pároco na altura o Padre José Luís Fragoso.

Era costume muito antigo, o enterro de crianças em casa dos seus pais, quando não tinha recebido o sacramento do Baptismo, caso que foi referido por José Leite de Vasconcelos.

No romance de 1856, escrito por Camilo Castelo Branco, “Onde está a Felicidade”, é descrito o enterro de uma criança em casa de seus pais que não recebeu o sacramento do Baptismo.

Na Antiguidade o filosofo Origenes de Alexandria defendia que o Baptismo das crianças devia ser feito à nascença.

São Cipriano defendia o Baptismo 8 dias após a nascença.

Santo Agostinho (Doutor da Igreja Católica de Roma), dizia que sem Baptismo não há salvação, por esse motivo as crianças não deviam ser enterradas em espaços sagrados – livro “Confissões”.

O Papa Gregório I (554-604), também dizia que as crianças sem Baptismo não devem ser enterradas em espaços sagrados e têm condenação no Inferno.

Pedro Abelardo (Século XII), dizia que Deus era misericordioso e dizia que as crianças mortas sem Baptismo iriam para o Limbo.

Em França existiam vários Santuários Marianos Aripi, com objectivo de Baptizar as crianças logo à nascença, a fim de terem a salvação e serem enterradas em espaços sagrados.

Mas, no Século XV estes Santuários foram proibidos.

Foram apresentados ex-votos em relação ao tema.

Leite Vasconcelos fala dos Baptismos da Ponte em Montalegre, onde à meia-noite as crianças no ventre da mãe grávida recebiam o Baptismo sendo-lhe deitada água (símbolo da pureza).

Mais tarde o Papa Bento XVI acaba com o Limbo.

Foi referido os achados do arqueólogo Francisco Tavares Proença Júnior em Escalos de Cima: 17 machados de pedra polida e vestígios do Império de Roma.

Foi referido um livro que fala de mini tornados em Escalos de Cima, como os Burburinhos, onde estão relatos orais do sucedido.

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