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Ponto de Vista… por Carlos Raposo

JUSTIÇA SOCIAL

Sim, vou falar de Jonh Rawls.

Dedicou toda a sua vida a tentar resolver a tensão entre liberdade e a igualdade sem renunciar a nenhuma das duas, porque ambas são indispensáveis para a democracia.

Carlos Raposo

«A Justiça é a virtude primeira das instituições sociais, tal como a verdade o é para os sistemas de pensamento».

Com esta sedutora afirmação, Rawls indica qual é a finalidade da verdadeira política: a criação de instituições justas.

John Rawls é o filósofo da política mais influente do Século XX.

A que se deve o seu sucesso? A 3 aspetos que definem o pensamento deste filósofo americano.

1º. Aspeto – é situar a justiça no centro da reflexão sobre a política.

Marcou o caminho de toda uma geração que aprendeu a tomar consciência de que não se pode ignorar a realidade social e politica mais importante do nosso tempo: as enormes injustiças e sofrimentos provocados pela pobreza e a desigualdade.

A sua dimensão é enorme e em 1971 publica “Uma Teoria da Justiça” (texto técnico, mas o livro de filosofia política mais lido no Século XX).

No início desse livro faz a pergunta que orienta todo o seu pensamento «Qual é a conceção da justiça mais apropriada para uma sociedade democrática?».

Esclarecedora a sua resposta: A JUSTIÇA DE UMA SOCIEDADE MEDE-SE PELO DESTINO RESERVADO AOS MAIS DESFAVORECIDOS.

2º Aspeto – O interesse na sua obra é a sua procura de uma definição positiva de justiça.

As denúncias das injustiças costumam reunir mais consenso do que as propostas de uma sociedade mais justa.

Rawls, não se limita a dar voz aos mais indignados, tem um objectivo mais ambicioso: a construção de uma alternativa que elimine as injustiças e que sobretudo estabeleça os alicerces de uma sociedade justa e estável no tempo.

A sua filosofia não é da suspeita, mas sim a da proposta.

3º Aspeto: Fez dele um pensador muito influente e assim continuará: A união de dois mundos aparentemente incompatíveis, o da Utopia e da realidade foi sempre o seu objectivo.

É apaixonante e sobretudo muito preciso e por isso como sempre tem os seus opositores, mas os que se opõem também ficam claramente e “territorialmente” identificados.

Muitos dos seus pontos de vista, só chegam tardiamente a muitos, mas ainda a tempo de se definirem, para o que terão decerto sempre tempo.

Para muitos como eu, reformado, ficarão felizes, por perceberem ou não, porque é que aconteceu tanta coisa que não batia certo e era injusto, a resposta está nas obras deste pensador/filósofo: pura e simplesmente não vivemos num mundo de justiça social, mas, falamos, falamos, falamos muito dela.

Ao menos, que se cumpra: “SE DESEJAMOS MESMO TRATAR DE FORMA IGUAL TODAS AS PESSOAS E PROPORCIONAR UMA AUTÊNTICA IGUALDADE DE OPORTUNIDADES, A SOCIEDADE TERÁ DE PRESTAR MAIS ATENÇÃO A QUEM TEM MENOS DOTES NATURAIS E A QUEM NASCEU NAS POSIÇÕES SOCIAIS MENOS FAVORECIDAS”.

*Carlos Raposo, Vogal do PURP- Partido Unido dos Reformados e Pensionistas

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