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Covid-19: Empresários de diversão itinerante concentrados em protesto junto à DGS

Cerca de duas centenas de empresários de diversão itinerante estão hoje concentrados, em cordão humano, junto à Direção-Geral da Saúde (DGS), na Alameda das Universidades, em Lisboa, esperando ser recebidos pelas autoridades de saúde.

Em declarações à Lusa, o presidente da recém-criada Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC), Luís Fernandes, explicou que a intenção do protesto de hoje se prende com uma resposta da DGS sobre o protocolo sanitário apresentando pela associação em 04 de junho.

“É uma vergonha para o Governo passados 25 dias [não ter dado qualquer resposta], não vamos embora sem resolver o nosso assunto. Temos as câmaras municipais prontas para nos auxiliar, a DGS recebeu o nosso protocolo sanitário em 04 de junho mas não disse nada”, acusou.

O responsável adianta que os feirantes querem “uma resposta por escrito” sobre o porquê de abrirem centros comercias e negócios em circuitos fechados e o seu setor não poder laborar, denunciando a existência de carrosséis insufláveis “a trabalhar em parques fechados”, o que considera “uma discriminação”.

Hoje, os manifestantes, vestidos com ‘t-shirts’ pretas onde se pode ler “Queremos trabalhar”, vão manter-se em protesto junto à DGS, estando prevista igualmente uma concentração junto ao Turismo de Portugal e, no final do dia, um desfile com passagens na Avenida 24 de Julho, 2.ª Circular, Entrecampos, praça do Marquês de Pombal, praça dos Restauradores, Avenida Infante D. Henrique, Avenida 24 de Julho, Avenida da Índia e Belém.

Para terça-feira está agendada uma reunião com a Provedora da Justiça, na qual Luis Fernandes espera obter uma resposta aos pedidos dos empresários do setor.

Devido ao surto de covid-19, os negócios itinerantes em eventos culturais, feiras, festas, romarias e circos, a maioria das quais canceladas, ficaram comprometidos.

Em 15 de março, o Governo anunciou que as feiras e os mercados de venda de produtos, excluindo as de diversão, podiam reiniciar a sua atividade a partir de 18 de maio, “devendo para tal existir um plano de contingência”.

Em 06 de maio, os representantes da recém-criada APIC saíram “indignados” de uma reunião com o Governo, reclamando apoios à sustentabilidade dos negócios e a possibilidade de suspensão do pagamento de alguns impostos, uma vez que estão impedidos de trabalhar por causa da pandemia de covid-19.

“A reunião correu muito mal. O Governo não tem nenhum plano para nos auxiliar. Estamos profundamente revoltados”, afirmou na altura à agência Lusa o presidente da APIC, Luís Fernandes, após uma reunião com secretário de Estado do Comércio, João Torres.

“Estamos muito indignados e desesperados e não iremos desarmar enquanto não tivermos uma resposta satisfatória”, ressalvou.

Em 05 de maio, a Assembleia da República aprovou um diploma do grupo parlamentar comunista, com a abstenção do PS, PSD, CDS e IL, que cria um regime de apoio à atividade dos feirantes.

Apesar de aprovado na generalidade, o diploma ainda não é lei, dado que é necessário ser discutido e votado na especialidade na comissão, no caso a de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

*LUSA

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