Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só.
Amyr Klink
Passam hoje, dia 8 de julho, dia em que escrevo estas palavras, nove anos que o João Carlos Marcelo nos deixou.
Nove anos que carregam em nós um sentimento de perda e saudade que teima em nos acompanhar.
Sentimento de uma saudade que aumenta a cada dia, mês e ano que passam.
Saudade do amigo, do camarada, do político, do advogado, do ilustre tribuno que era, do combatente que ele foi até ao último momento, enfim do grande homem que era.
É certo que a vida continua. Por isso, ocorre-me constantemente, as suas sábias palavras, que sempre nos dizia, o caminho faz-se caminhando.
São palavras que me marcaram e continuam a ajudar a fazer a caminhada que o João Carlos não se cansava de nos indicar e incentivar a fazer.
E que caminhada! Todas as dificuldades porque passamos hoje só são possíveis de enfrentar e combater recorrendo às suas sábias palavras. Aliviam e dão simultaneamente força.
É raro o dia em que não dou comigo a pensar no João Carlos e no que ele diria e faria perante as milhentas questões, e algumas delas bem complicadas, que nos se deparam diariamente, sejam de caráter pessoal, profissional, coletivo ou mesmo político.
E, quer acreditem ou não, sempre encontro uma solução, uma resposta, inspirada na velha máxima do João Carlos. Porque ao pensar nele sei que não estou só.
E nove anos passados, cá continuamos a procurar o nosso próprio caminho, uns dias com melhores resultados que outros, mas com a certeza que chegaremos onde queremos, ultrapassando obstáculo após obstáculo, e com a certeza de que o caminho faz-se caminhando.
Apesar da dor grande que nos continua na alma e que dá pelo nome de saudade.
