“O povo bielorrusso saiu ontem à rua em protesto contra os alegados resultados eleitorais anunciados por uma organização pró-governamental do país.“, refere o Livre em nota à comunicação social.
Os observadores independentes foram banidos de todo o processo eleitoral tendo alguns sido inclusivamente presos pela polícia no decorrer do dia de ontem.
Segundo a sondagem à boca das urnas fabricada pelo governo bielorrusso, o actual presidente, Aleksandr Lukashenko, obteve uma vitória avassaladora com perto de 80% dos votos, algo que especialistas e comentadores descartam como sendo totalmente impossível.
Imagens televisivas de Minsk, capital da Bielorrússia, mostravam cargas policiais sobre multidões que se concentravam em alguns pontos da cidade à medida que os resultados eleitorais e rumores sobre os mesmos iam correndo.
Nas vésperas da eleição, o principal candidato da oposição foi preso, tendo sido substituído pela sua mulher, Svetlana Tikhanovskaya, que assumiu o lugar de principal adversária de Lukashenko.
Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, criticou durante o dia de hoje as “inaceitáveis restrições à liberdade de imprensa e de ajuntamento” impostas pelo regime bielorrusso bem como as “detenções ilegais de protestantes pacíficos, observadores, jornalistas e ativistas”.
“O LIVRE apoia todos os que se batem pela liberdade e está solidário com o povo bielorrusso que se manifesta por um regime livre e justo, que hoje foi negado através de eleições opacas e manipuladas.”, lê-se na nota do partido.