Nos últimos dois meses a Bulgária tem sido palco de manifestações anticorrupção, contra o Procurador-Geral e o Governo, acusados de pactuar com a máfia búlgara, cujas origens remontam aos serviços de espionagem do antigo regime comunista e que tem ligações ao sistema judicial, aos media e ao partido no governo, sendo o primeiro-ministro acusado de facilitar a atuação mafiosa.
O primeiro-ministro búlgaro Boyko Borissov (Gerb, afiliado no Partido Popular Europeu – PPE) é um aliado próximo da chanceler alemã Angela Merkel e da Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o que, segundo os protestantes búlgaros, justificará a complacência com que o país tem sido tratado no que diz respeito ao escrutínio do Estado de Direito.
A resposta do governo aos protestos tem sido pautada por abusos, violência policial, e detenções ilegais de manifestantes.
Ontem, 2 de setembro, tiveram palco na capital búlgara, Sofia, novos protestos tendo a polícia detido Borislav Sandov, copresidente do partido Zelenite (Partido Verde Búlgaro, afiliado com o Partido Verde Europeu) bem como três outros membros do partido, que participavam numa manifestação pacífica em frente ao parlamento búlgaro.
O LIVRE exige a libertação imediata de Borslav Sandov e todos os manifestantes ilegalmente detidos e apela ao Governo Português para que intervenha, no quadro das instituições europeias.
“Apelamos também à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu para que intervenham exigindo a libertação imediata dos manifestantes e procedendo a uma análise da situação do cumprimento dos critérios de Copenhaga pelo Estado-Membro da Bulgária, nomeadamente pelo respeito pelo Estado de Direito.”, Lê-se ainda na nota do LIVRE, enviada à nossa redação.