XIX Congresso da Federação de Castelo Branco do PS
O novo Presidente da Federação de Castelo Branco do PS, Vítor Pereira, defendeu no último sábado(12 de setembro), durante o XIX congresso federativo, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que «chegou o tempo do interior».
A diferenciação fiscal, a suspensão progressiva de portagens na A23, a construção do IC31 e do IC6 e ainda a manutenção da autonomia da Escola Superior de Idanha-a-Nova foram alguns dos temas em foco no discurso de Vítor Pereira, que marcou o encerramento do congresso.
«Temos, enquanto responsáveis políticos e representantes destas populações, a obrigação de exigir ao nosso partido e ao nosso Governo que aproveite esta readaptação global que estamos a viver e, com a aplicação dos muitos milhões de fundos comunitários que estamos à espera, este momento seja o início de um processo de reequilíbrio de desenvolvimento social e económico de todo o território de Portugal», afirmou o Presidente da Federação Distrital.
Seguidamente, o novo líder do organismo, eleito em julho passado, salientou a necessidade de «diferenciação fiscal para as pessoas e empresas nestes territórios como estímulo para atrair e fixar famílias».
«Acreditamos que a redução do IRS para as famílias e o IRC para as empresas, até que os índices de desenvolvimento destes territórios se aproximem da média nacional, é um grande contributo para a atratividade destas terras», acrescentou.
Em matéria de transportes, o também Presidente do Município da Covilhã falou, para além da suspensão das portagens na A23 e da construção do IC31 e do IC6, vias que disse «continuarem a tardar», da importância da «valorização comercial da ferrovia com um serviço de transporte inter-regional no eixo Guarda – Belmonte – Covilhã – Fundão – Castelo Branco».
Além disso, Vítor Pereira defendeu que «face aos recentes problemas de transportes que têm surgido um pouco por todo o país, chegou a oportunidade para o Governo lançar um grande programa nacional, em conjunto com as Autarquias e as Comunidades Intermunicipais, que permita a criação em todo o pais de uma rede de transportes públicos capaz, que sirva as necessidades das populações, das empresas e induza ao desenvolvimento dos territórios».
Vítor Pereira sublinhou que o interior «precisa de fixar gente e de manter serviços».
«É por isso que o Partido Socialista se irá bater pela manutenção da autonomia da Escola Superior de Idanha a Nova dentro da reestruturação em curso no Instituto Politécnico de Castelo Branco», afirmou.
Vítor Pereira fez especial referência à importância do Ensino para o distrito, assim como da Saúde, elegendo estas duas áreas como prioritárias.
«Temos boas instituições de ensino e de saúde; é, apenas, necessário dotá-las dos meios técnicos e humanos para poderem desenvolver as suas atividades com essa qualidade que se deseja», sustentou.
Outros dos temas abordados por Vítor Pereira na sua intervenção foram o «combate pela regionalização» e também a importância da «aproximação gradual que conduza a uma reconfiguração das duas comunidades intermunicipais que espartilharam o distrito, a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa e a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela».
Num congresso onde António Costa se fez representar por Eurico Brilhante Dias, Vítor Pereira salientou que «é fundamental que o Partido Socialista traduza em propostas e ações políticas concretas a valorização dos territórios de baixa densidade e do combate às assimetrias regionais como prioridade para a próxima década de Portugal, como um todo».
Vítor Pereira abordou ainda a temática das próximas eleições autárquicas.
«Quero mobilizar todos os socialistas para os próximos combates, mas também todos aqueles independentes que ao longo dos anos, não tendo militância partidária, nunca deixaram de encontrar no Partido Socialista espaço para intervenção cívica e colaboração», afirmou.
E mostrou-se confiante:«É com o objetivo de consolidar a influencia autárquicas do PS e nalguns casos aumentar a influência do PS nos Municípios do distrito de Castelo Branco onde ainda não somos poder que nos apresentaremos a eleições no próximo ano».