Num momento muito difícil para o distrito de Castelo Branco (mais um…) e em particular para os concelhos de Oleiros e Proença-a-Nova, a Comissão Política Distrital do PSD de Castelo Branco partilha o sentimento de revolta que “invade todos os beirões, por, ano após ano, verem a nossa riqueza ser sistematicamente destruída, verem as nossas populações a ser fustigadas, sem quartel, por um flagelo que tem de ser combatido por todos”.
É imperioso combater, em conjunto, o terrorismo interno, destruidor do nosso território.
Esse combate, infelizmente, tem-se feito apenas contra as chamas, porque tem faltado um trabalho prévio e estratégico, capaz de assegurar uma efetiva prevenção.
Este momento tão perturbador, reforça de sobremaneira a importância da disponibilidade manifestada pela Distrital do PSD de Castelo Branco para uma reunião conjunta com a Federação Distrital do PS.

“É fácil afirmar num Congresso Distrital que este é o tempo do Interior, mas na prática, ignora-se a luta diária pelo Distrito.”,dizem os sociais democratas.
Urge encontrar soluções porque os incêndios são efetivamente causa de problemas, mas também são inequivocamente consequência de outros problemas mais estruturais, designadamente o abandono rural.
“Sem gente, o nosso património natural é pasto fácil para as chamas!”, dizem.
“Fala-se igualmente de alterações climáticas, mas quanto a estas, a inércia tem sido a nota dominante!”, acusam no mesmo documento.
Os sociais democratas afirmam ainda que “nesta guerra, temos perdido todas as batalhas. Se não fosse a rápida intervenção dos nossos bombeiros, as decisões acertadas de todos os Presidentes de Câmara, independentemente da sua filiação partidária, o saber estar das nossas populações, o desastre assumiria com certeza maiores proporções. Diz-se que em tempos de guerra não se mudam generais mas é nestas alturas que se vê a qualidade de um suposto general. Com uma Secretaria de Estado das Florestas sedeada em Castelo Branco, com um Secretário de Estado de Proença-a-Nova, será de questionar porque são os autarcas a ter que assumir a liderança?”.
Finalmente o comunicado termina com três questões pertinentes:
Será que não está, definitivamente, na altura de os governantes darem a cara? De assumir responsabilidades? De tomar medidas efetivas, não o vazio anúncio de meros paliativos que muitas vezes não passam da condição de promessas incumpridas? De se abandonar o folclore político associado à localização de uma Secretaria de Estado
na nossa capital de Distrito, sem que daí resultem soluções concretas e mobilizadoras?