“Desde sempre faz um acompanhamento exaustivo a esta empresa, nunca deixando as trabalhadoras desarmadas”, assegura o Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa, referindo-se à Lanifato.
Os atropelos ao longo dos anos têm sido constantes, desde a pressão, ao assédio moral deliberado e direccionado, consubstanciado na falta de cumprimento das normas do contrato de trabalho e no uso e abuso de poder subjugando aos seus interesses quem está mais fragilizado.
“Quando consideramos necessário solicitamos a intervenção da ACT-Autoridade para as Condições de Trabalho, instauramos os devidos processos nas entidades competentes e denunciamos publicamente os atropelos efectuados nesta empresa”refere o mesmo documento.
Em Março com a justificação da pandemia a empresa pressionou as trabalhadoras a assinar a aceitação de 15 dias de férias referindo que após este período recorriam ao Lay Off com omissão aos trabalhadores que a empresa não estava em situação regular para recorrer a esse apoio.
No mês de Abril, as trabalhadoras da Lanifato, apesar das pressões e chantagens, lutaram pelo pagamento do salário do Mês de Março e mesmo em contexto difícil denunciaram as ilegalidades constantes e exigiram a marcação de férias no período normal e a empresa assumiu junto da ACT que iria marcar esses dias a gozar no mês de Agosto.
Chegados ao final do mês de Agosto, a empresa mais uma vez não cumpriu com o estabelecido.
“Desengane-se a empresa se considera que com pressões e chantagens consegue manipular e retirar direitos às trabalhadoras. É que, mesmo com receios, as trabalhadoras estão no mesmo barco e irão lutar contra as injustiças de que são alvos.”, garante o sindicato.
É neste contexto que todas as trabalhadoras, as que estão a laborar e as que se encontram em suspensão devido ao não pagamento do salário do mês de Agosto,” irão lutar pelo pagamento do subsídio de férias que já deveriam ter recebido e pelo pagamento do salário que está em dívida às trabalhadoras que se encontram em suspensão, tendo em vista o rápido regresso à empresa”, assegura o sindicato.