GRUPO IMOBILIÁRIO NUNCA BENEFICIOU DA MEDIDA MAS FOI DOS QUE MAIS INVESTIMENTO ESTRANGEIRO CAPTOU EM PORTUGAL PARA O SETOR
O fim dos Vistos Gold nos Estados Membros da União vai trazer consigo perdas grandes para o setor imobiliário em Portugal, e uma fatura enorme em termos de empregos, defende o líder do Grupo Fortera, Elad Dror.
“Vivemos um dos momentos mais conturbados da história e esta medida será danosa para o mercado imobiliário e para a atração de investimento estrangeiro para Portugal”, defende o líder de um dos grupos imobiliários que mais investimento estrangeiro captou em Portugal para o setor nos últimos 5 anos, sem nunca ter beneficiado da medida.
Recorde-se que, segundo a mesma fonte, o programa dos Vistos Gold captou bilhões de euros para Portugal e foi um incentivo para países mais débeis em termos imobiliários.
“Havia propriedades completamente abandonadas, devolutas, e este investimento ajudou muito para a reabilitação e florescimento do setor, gerando rendas e novos negócios que, por si só, criaram muitos postos de trabalho e prosperidade”, reforça a mesma fonte.
Caso a proposta do Parlamento Europeu avance, Elad Dror prevê um cenário de incerteza para Portugal, e afirma que precisam ser repensadas novas alternativas.
“Na minha opinião algo terá de ser feito, como o direcionar do investimento para novas localidades no país, fora das grandes cidades, mas o cancelamento do programa será um grande erro”, conclui.

Recorde-se que o Grupo Fortera concluiu 9 projetos entre 2016 e 2019, num valor total de aproximadamente €21M e investiu outros €45M em aquisições durante 2019, sendo que o investimento total em curso é atualmente superior a €250M, onde se insere o Skyline em Vila Nova de Gaia, que ascende a cerca de €100M.
Recorde-se que a Fortera Properties foi fundada em 2015 e é uma empresa de direito português, que atua no ramo imobiliário de luxo, com objetivo de ser um dos importantes players do setor em Portugal.
As suas grandes áreas de atuação centram-se na aquisição de imóveis para construção de raíz ou reabilitação de espaços para fins hoteleiros ou residencial.
A atividade iniciou-se a Norte, no grande Porto, mas é na cidade Invicta e em Espinho onde incidem por enquanto os principais investimentos, particularmente nas zonas da Boavista, Santo Ildefonso, Nevogilde, Campanhã.