Antes das cidades, que hoje albergam cerca de metade da população mundial, o ser humano viveu durante milénios na floresta.
Era ali que encontrava proteção, alimento e até a divindade.
Hoje, crescem as motivações para o renascimento desta ligação e, com ela, novas formas de aproveitamento do património natural.
O Luz Houses, em Fátima, é um exemplo no campo da ligação espiritual.
No “Voz On”, Pedro Silva, explica que os hóspedes valorizam mais o espaço natural do hotel, onde se inclui um bosque, e a envolvência natural das Serras D’Aire e Candeeiros do que o facto de estarem situados na proximidade do Santuário de Fátima.
As florestas e outros espaços naturais são hoje vistos como templos e o turismo espiritual e contemplativo, uma tendência que evidencia o valor da natureza como um ativo turístico e a importância da sua preservação.
Esta perceção do impacto dos espaços naturais na vida dos seres humanos está também a ganhar solidez científica em aspetos bem mais terrenos.
Por exemplo, um estudo publicado no jornal científico da International Society for Ecological Economics, diz que um aumento de 10% na biodiversidade das aves de uma região de residência origina um acréscimo de bem-estar nos habitantes locais equivalente a um aumento do rendimento na mesma percentagem.
E, na Escócia, desde 2018 que os médicos do sistema de saúde do país receitam observação de aves e caminhadas para ajudar patologias mentais, diabetes e problemas cardíacos, entre outros.
Na “Estante” deste mês indicamos alguns livros sobre esta “Medicina Florestal”que está a surgir, mas também sobre uma nova tendência, a “Terapia de Floresta” ou “Shinrin-Yoku”.
Mas porque a realidade presente é emergente, em “Programas”, faz-se um apanhado dos novos apoios lançados para combater os efeitos económicos da pandemia.
Esperemos que vos seja útil para estes tempos de resistência.
Se precisarem de inspiração sugerimos uma vista de olhos num dos documentários que encontrámos “Por aí”.
