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Politécnico da Guarda estuda benefícios das algas na cicatrização da pele

Os primeiros resultados revelaram eficácia das propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias das algas da costa portuguesa e da Galiza na regeneração da pele e no tratamento de infeções cutâneas. O projeto de investigação e de exploração sustentável das macroalgas chama-se Algalup e envolve mais de 30 investigadores.   

O Instituto Politécnico da Guarda – IPG está a investigar os benefícios das macroalgas na biomedicina e na cosmética, nomeadamente no processo de cicatrização e na regeneração da pele.

O projeto Algalup – que junta investigadores portugueses e galegos – é financiado por fundos europeus e visa dinamizar a utilização das macroalgas existentes na zona costeira de Portugal e da Galiza.

“Apesar de as algas marinhas serem um recurso natural pouco explorado em Portugal, os seus nutrientes, e compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias podem ter uma grande influência na melhoria da saúde”, afirma Paula Coutinho, investigadora do projeto Algalup e docente na Escola Superior de Saúde do IPG.

“No IPG estamos a estudar as propriedades de dois géneros de algas – Codium e Osmundea – para a produção de sistemas biomédicos com aplicação na promoção da cicatrização da pele e no tratamento de infeções e, ainda, no reforço do sistema imunitário”.

O projeto de exploração sustentável das macroalgas está a ser desenvolvido no Centro de Potencial e Inovação de Recursos Naturais do IPG.

“A nossa unidade de investigação está focada no desenvolvimento de novos produtos na área da biomedicina e na transferência de conhecimento para a sociedade e para os nossos parceiros industriais”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.

“Estamos empenhados em pôr a ciência ao serviço da comunidade, muitas vezes em parceria com empresas, organizações ou instituições de ensino superior. Neste caso concreto, pretende-se abrir caminho para que as empresas possam investir em novos usos das algas”.

Segundo Paula Coutinho, os primeiros resultados da investigação revelaram avanços positivos na área do tratamento de doenças inflamatórias e infeções da pele.

“Começámos por extrair polissacarídeos das algas secas e caracterizá-los enquanto biomateriais para aplicação na biomedicina. Posteriormente reutilizamos os extratos/resíduos da extração para produzirmos nanopartículas de prata”, afirma.

“Este processo permitiu-nos aplicar as propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias deste polissacarídeos  na regeneração da pele, e no tratamento das infeções”.

O Algalup junta mais de 30 investigadores de sete centros de investigação e é financiada em 670 mil euros pelo programa Interreg que visa incentivar a cooperação territorial entre as regiões fronteiriças.

O projeto é coordenado pela ANFACO-CECOPESCA e desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico da Guarda, a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade do Porto, o Centro Tecnológico do Mar e a Universidade de Vigo.

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