O deputado único e presidente do Chega afirmou hoje que “a imigração islâmica é um perigo para Portugal”, uma declaração que mereceu protestos e gritos de “mentiroso” e “fascista” à esquerda, mas não suscitou nenhum pedido de esclarecimento.
Numa declaração política na Assembleia da República, André Ventura defendeu, a propósito do caso dos imigrantes de Odemira, que o país deve fazer uma reflexão sobre “que imigração” quer para Portugal.
“Precisamos ou não de imigração? Precisamos, mas devemos ser capazes de fazer uma reflexão sobre a imigração que queremos”, disse.
O líder do Chega afirmou, em seguida, que “muitos dos crimes sexuais aumentaram em países como a Suécia ou a Alemanha, fruto da imigração de origem islâmica que tiveram nos seus territórios”.
Esta declaração mereceu vários apartes de protesto das bancadas à esquerda, sendo audíveis palavras como “mentiroso” ou “fascista”.
“A imigração islâmica é um perigo para Portugal, é um perigo sobre as nossas mulheres e sobre as nossas cidades”, concluiu André Ventura.
No final da sua intervenção, nenhum grupo parlamentar suscitou um pedido de esclarecimento, ao contrário do que tinha acontecido com todas as anteriores declarações políticas de outros partidos.