Naturalmente, qualquer pessoa que goste de estar envolvida e seja conhecedora do que se passa no mundo, vê as notícias diariamente.
Nada de novo aqui. O problema são as notícias que ouvimos ou lemos nos dias de hoje. Isso é que é uma tristeza.
Decidi antes de começar a escrever, de procurar alguma inspiração e ler o que se passou no mundo. Fiquei à beira de depressiva.
Vejam alguns exemplos: “Mulher conhece Homem no comboio na linha de Sintra, saem para jantar ele leva-a para casa viola e agride-a!” – a sério?
“Pai espanhol atira-se do 17º andar, com filha de 6 anos nos braços, por mandado de captura da Interpol, no Brasil.” – a sério??
Não consigo ter uma perspectiva neutra em relação a isto, a não ser que, se já havia pessoas más e capazes de tudo, a pandemia veio deixar tudo ainda mais desesperado e louco.
Crimes de violência doméstica, homens que matam mulheres, mulheres que agridem homens, homens que perseguem mulheres e matam actuais companheiros, pais que matam filhos, pai que morre ao tentar salvar as filhas do mar. Resumo desta semana, no âmbito criminal e jurídico.
O meu bloqueio ficou “preso” na ideia da humanidade estar cada vez a caminhar para a sua própria desgraça. A postura de cada qual, cada vez mais se assemelha a uma falta de necessidade de cumprir regras, e que tudo é possível ser feito, sem quaisquer consequências.
A culpa será de que jaz na mão da justiça, que se demonstra benevolente demais? A justiça será justiceira de facto? Ou já está “prescrita” e a necessitar de ser renovada a nossa moldura penal ou é o pensamento legislativo que está errado?
Bom, verdade seja dita, não serei eu que conseguirei mudar isto, nem vocês a lerem um artigo, com uma mera opinião. Mas grão a grão enche a galinha o papo – já dizia a minha avó – como tal, a esperança é que as coisas mudem um dia. Para o melhor, ou para o pior.
Bom domingo a todos.
www.aminhamaedeviaserjurista.pt