O objetivo é identificar as melhores soluções a implementar com vista a assegurar que os resíduos orgânicos são separados e reciclados na origem. Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso são os municípios para os quais foram desenvolvidos os estudos. As versões preliminares estão em consulta pública até julho.
O Instituto Politécnico da Guarda – IPG foi escolhido pela Associação de Municípios da Cova da Beira para realizar estudos municipais que irão permitir o desenvolvimento de sistemas de recolha seletiva de biorresíduos: sobras de refeições, cascas de frutas e legumes, folhas e ervas do jardim.
As versões preliminares dos estudos encontram-se disponíveis para consulta pública e para submissão de contributos que visem a melhoria dos documentos até julho. A iniciativa é financiada pelo Fundo Ambiental.
“O projeto visa identificar estratégias e soluções eficazes para que cada município possa assegurar a separação e a reciclagem dos biorresíduos”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.
“Estamos empenhados em desenvolver projetos de investigação ambiental em parceria com empresas e municípios. Iniciativas como esta permitem melhorar a educação ambiental, sensibilizar para a economia circular e pôr o nosso conhecimento ao serviço da comunidade”.
Os biorresíduos representam 37% dos resíduos urbanos produzidos em Portugal.
A diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho sobre os resíduos obriga os Estados Membros a fazerem a recolha seletiva de biorresíduos ou a sua separação e reciclagem na origem, a partir de 1 de janeiro de 2024.
“Escolhemos o Politécnico da Guarda para desenvolver este projeto pela reconhecida qualidade científica, pelo mais baixo custo e pela longa relação de confiança que existe entre as duas instituições”, afirma José Manuel Biscaia, secretário-geral da Associação de Municípios da Cova da Beira.
“Os estudos elaborados pelo IPG irão trazer grandes vantagens para o planeamento intermunicipal, permitindo uma visão integrada sobre os biorresíduos, bem como a definição de estratégias de atuação – ao nível de equipamentos e transportes – que beneficiem a região”.
A presidência do IPG nomeou Pedro Rodrigues, docente responsável pelo Laboratório de Monitorização e Investigação Ambiental do IPG, para coordenar este projeto.
Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso foram os municípios analisados para a elaboração do estudo que irá permitir implementar eficazes sistemas de recolha de resíduos orgânicos.
“Este projeto faz parte da estratégia europeia para diminuir a deposição de resíduos sólidos em aterros sanitários”, afirma Pedro Rodrigues, docente do IPG.
“Em termos ambientais iremos dar um salto qualitativo muito importante: os biorresíduos separados do lixo indiferenciado serão transformados em energia e/ou em composto orgânico para os solos. Para além destas vantagens ambientais, a reciclagem dos resíduos orgânicos irá permitir maior longevidade dos aterros sanitários”.