O secretário-geral do PCP afirmou hoje que “mais cedo que tarde” se perceberá a “pressa” do partido em apresentar iniciativas legislativas para fixar preços máximos nos combustíveis e travar o aumento da energia, mas não concretizou as razões dessa urgência.
“Da parte do PCP está decidido, apresentámos ontem [sexta-feira] na Assembleia da República uma iniciativa legislativa para a criação de um regime de margens máximas nos combustíveis e uma outra visando travar o aumento da tarifa regulada da eletricidade. Mais cedo que tarde, os camaradas vão compreender a razão desta nossa pressa de apresentar estas duas iniciativas legislativas”, disse.
Jerónimo de Sousa falava na Covilhã durante um comício de apresentação de candidatos da CDU às eleições autárquicas no distrito de Castelo Branco.
Na intervenção, que foi realizada ao ar livre, o líder do PCP criticou que a riqueza esteja concentrada “nas mãos de um reduzido punhado de grandes acionistas”, enquanto o número de pobres aumenta e os trabalhadores enfrentam dificuldades acrescidas.
Jerónimo de Sousa alertou, depois, que a “situação difícil” que trabalhadores e vários setores da economia já atravessam pode piorar com os aumentos de preços que se “anunciam” no setor energético.
“Estão nesta situação muitos micro e pequenos empresários de vários setores e muitos pequenos e médios agricultores, que enfrentam grandes dificuldades e que se agravam com o aumento dos preços dos fatores de produção, como é o flagrante caso dos combustíveis e da energia, em relação aos quais se anunciam novos e agravados aumentos”, apontou, lembrando que o PCP já apresentou iniciativas legislativas no parlamento que visam travar esses aumentos.
Nesse ponto também deixou uma frase enigmática sobre a “pressa” destas iniciativas, mas não desenvolveu mais o assunto.