A Real Associação da Beira Interior, organizou uma palestra no dia 27 de Agosto, subordinada ao tema – “Já Leram a Poesia de Dom Tomaz de Noronha?”.
O orador convidado foi o albicastrense, professor, investigador e poeta António Salvado, o evento decorreu na Biblioteca Municipal de Castelo Branco e teve o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco.
Na Mesa esteve o orador e o Vice-Presidente da Real Associação da Beira Interior – Luís Duque-Vieira.
Dom Tomaz de Noronha, poeta satírico do Século XVII, escreveu centenas de poemas, mas poucos viram a sua impressão, foi uma recolha chamada – “Fenix Renascentista”.
A sua obra foi estudada, apenas, nos Séculos XIX e XX.
A obra satírica de Dom Tomaz de Noronha insere-se em coordenada importantíssima da história da poesia portuguesa: a que diz respeito à sátira, à ironia e ao humor.
Dom Tomaz de Noronha soube com mestria, evitar os aspectos negativos do gongorismo, revertendo este, no seu melhor, em arma linguística e estilística a favor de uma mensagem ramificadamente impressionante, sabendo afastar supérfluas roupagens, elaborando um discurso poético, expressivo e chocante.
Dom Tomaz de Noronha nasceu em Alenquer e pelo que se sabe também faleceu em Alenquer no ano de 1651 e casou por duas vezes.
Escreveu 319 poemas, dos quais 241 permanecem inéditos.
Era filho de Dom Pedro de Noronha (fidalgo, escudeiro do Rei Dom Sebastião I) e Dona Maria Jordana, senhora também da nobreza.
A obra poética de Dom Tomaz de Noronha é constituída por: canções, décimas, epigramas, glosas, oitavas, quadras, quintilhas, sextilhas e romances.
Nas centenas de poemas que nos deixou, actualmente são várias as antologias que permitem um conhecimento mais apurado do poeta.
Durante a palestra foi declamada poesia de Dom Tomaz de Noronha, por parte de Maria de Lurdes Barata (Milola), Maria de Lurdes Riscado (Milu), António Costa Alves e José Diais Pires.