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Coelho Lima (PSD) acusa Costa de tentar “viciar eleições”, PM aponta-lhe “ignorância”

O deputado do PSD André Coelho Lima acusou hoje o primeiro-ministro de “tentar viciar eleições” e “desprestigiar a democracia” com as alusões na campanha ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), com António Costa a exaltar-se e apontar-lhe “ignorância”.

O tom do debate de política geral no parlamento subiu na segunda ronda: depois de várias intervenções do PS a criticar discursos passados do presidente do PSD, Rui Rio, foi a vez de os sociais-democratas atacarem o primeiro-ministro.

André Coelho Lima, vice-presidente do PSD, acusou Costa de ter feito “um ‘road show’ do PRR, e apontou vários compromissos que assumiu na recente campanha autárquica no distrito de Braga, pelo qual é deputado.

“Não considera que, com esta atuação de um autêntico circunforâneo [pessoa que vagueia de feira em feira], desqualifica a sua função e o próprio PRR? (…) Com este bodo aos eleitores, esta tentativa de viciar os votos do eleitor, o senhor primeiro-ministro desprestigiou a democracia e instituições democráticas”, acusou.

Na resposta, visivelmente irritado, António Costa considerou que “o que desqualifica a democracia é um deputado que se senta na primeira fila da sua bancada ter um tal nível de ignorância sobre o que é o PRR e os compromissos já inscritos na lei”.

“O senhor não me conhece de parte nenhuma e não o autorizo a fazer qualquer juízo moral sobre o meu comportamento, como não faço sobre o seu”, acrescentou, sob protestos e pateadas da bancada do PSD.

António Costa defendeu que, “antes de abrir a boca na Assembleia da República” ,Coelho Lima tinha obrigação de saber que existe uma lei aprovada relativa às transferências que são devidas aos municípios e que os compromissos a que aludiu na campanha “não são promessas”, estão “contratualizados, calendarizados” com a União Europeia.

“O senhor deputado devia ter-se dado ao trabalho de ler o PRR (…) O que é grave sabe o que é? Como senhor não sabe e como o seu partido não sabe, se este governo deixar de ser governo, o PRR ficava mesmo por executar porque os senhores são ineptos para executar aquilo que não conhecem”, acusou.

Perante as trocas de apartes e aplausos e apupos entre bancadas do PS e do PSD, o vice-presidente da Assembleia da República José Manuel Pureza, que presidia aos trabalhos, apelou a alguma calma.

“O debate pode ser vivo, deve ser vivo, mas devemos saber-nos ouvir”, apelou, antes de dar a palavra ao deputado do PSD que se seguia, Paulo Leitão.

*LUSA – Foto ARTV

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