O documentário “918 Nights”, da realizadora basca Arantza Santesteban, que aborda o seu tempo de prisão, por alegada ligação à ETA, venceu o Grande Prémio Cidade de Lisboa de Melhor Filme da Competição Internacional do festival DocLisboa, hoje anunciado.
Na competição nacional, o prémio de Melhor Filme foi para “Distopia”, de Tiago Afonso, enquanto a coprodução luso-brasileira “Meio Ano-Luz”, de Leonardo Mouramateus, venceu o prémio do júri desta edição do DocLisboa.
“Distopia” denuncia “não só a gentrificação que transforma a cidade”, mas também “a gentrificação das mentes, das imagens e da forma do cinema”, através da “luta de uma comunidade pelos seus direitos”, sublinhou o júri.
O filme acompanha, durante 13 anos, de 2007 a 2020, a mudança no tecido social da cidade do Porto, demolições, expulsões e realojamentos que afetam a comunidade cigana do Bacelo, a população do Bairro do Aleixo e os vendedores da Feira da Vandoma.
“Meio Ano-Luz” fixa-se numa esquina da zona histórica de Lisboa, no ilustrador que aí se encontra e nas pessoas que por ela passam.
O prémio do júri da competição internacional foi para “O Lugar Mais Seguro do Mundo”, de Aline Lata e Helena Wolfenson, tendo sido atribuída uma menção honrosa a “Public Library”, de Clément Abbey