HOJE, 30 de novembro, às 21h30.
Reservas e levantamento de bilhetes no Teatro Municipal da Covilhã ou através da Ticketline.
Sinopse
“Isto o vi eu. E continuo viva. E ainda há quem não queira inteirar-se.”
A dureza testemunhal é uma das principais qualidades deste texto seco e sórdido de Aub.
Não quero que ninguém me console, diz Emma Blumennthal ao resistir à tentação melodramática e ao esquecimento.
Tenta mitigar a sua própria amargura por todas as perdas, encontrando-lhes um sentido e uma missão.
E a sua missão é o testemunho, a presença e a denúncia: isso eu vi. Sim! E ainda estou viva. E ainda há quem não queira inteirar-se.
As suas palavras assumem uma dimensão enorme e justificam a sua presença diante de nós.
Apesar do sofrimento, aquela mulher torturada pela vida e pela história decide ir em frente, viver, lutar e, acima de tudo, recordar, porque como diz: se não houver memória, para que se vive? Isto explica claramente a nossa proposta: romper as fronteiras do silêncio e do esquecimento. Por isso veio, para que nos deixe observar sua miséria e degradação, por isso vamos pôr em cena este texto; para não esquecer aqueles que viveram estas e outras guerras, recordar as vítimas dos totalitarismos aniquilantes e avisar para o perigo de uma sociedade que roça a debilidade. Para reivindicar o valor do teatro testemunho do exílio, como um instrumento vivo e eficaz para interpelar a sociedade. Ignácio Garcia
Ficha artística
Autor: Max Aub | Tradução: Ivonete da Silva Isidoro | Encenação e dramaturgia: Ignácio Garcia | Assistente de encenação: Solange Sá, Grasiela Muller | Adereços: Grasiela Muller | Cenografia: José Manuel Castanheira | Técnico de luz e som: Fábio Tierri | Figurinos: Manuela Bronze | Confeção: Mónica Melo | Desenho de luz: Bogumił Palewic | Fotografia: Eduarda Filipa | Vídeo: Frederico Bustorff Madeira| Elenco: Ana Bustorff (actriz convidada)
Teatro | Duração: 60 minutos | Classificação etária: maiores 12 anos