Foram assinados na passada quarta-feira, 22 de dezembro, mais 23 protocolos de constituição de novas Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), com Vila de Rei a garantir a terceira no Concelho, naquele que pretende ser um instrumento de intervenção integrada e estruturada em territórios de floresta com vulnerabilidades específicas, decorrentes da conflitualidade entre a perigosidade e a ocupação e uso do solo.
As AIGP visam uma abordagem territorial integrada para dar resposta à necessidade de ordenamento e gestão da paisagem e de aumento de área florestal gerida a uma escala que promova a resiliência aos incêndios, a valorização do capital natural e a promoção da economia rural.
Paulo César Luís, vice-presidente da autarquia Vilarregense considera que este é um passo importante mas é preciso “definir um método de governança para podermos, ao falar com os proprietários, motivá-los, mostrando dados concretos em como se vai concretizar no terreno, como é que cada um investe e tem retorno”.
Para o autarca, “ainda há muito caminho pela frente mas este é o caminho. Não podíamos realizar as mesmas ações e querer resultados diferentes”, sublinhou.
As AIGP decorrem de uma das medidas programáticas do Programa de Transformação da Paisagem e são unidades territoriais com uma dimensão pequena, mas adequada para uma gestão florestal ativa, envolvendo os proprietários, associações e municípios.
Com a constituição das 70 AIGP são criadas condições para que, em 37 municípios inseridos em Territórios Vulneráveis, seja possível concretizar um modelo de gestão agrupada, da responsabilidade de uma entidade gestora, que poderá aceder a financiamento para as ações de investimento de transformação da paisagem, ações de manutenção e gestão ao longo do tempo, incluindo a remuneração dos serviços dos ecossistemas, no quadro da componente Florestas, integrada no Programa de Recuperação e Resiliência, através do Fundo Ambiental.
Fonte e foto: Rádio Condestável
