Numa reunião com os Bombeiros Voluntários de Oleiros, a candidatura do Bloco pelo distrito de Castelo Branco ouviu algumas preocupações ao nível das baixas remunerações e falta de recursos materiais.
A candidatura do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Castelo Branco reuniu-se, esta terça-feira, com os Bombeiros Voluntários de Oleiros.
“Tivemos a oportunidade de ouvir as preocupações desta corporação, que em termos gerais, é transversal a todas as corporações do distrito”, refere o BE em comunicado.
É de salientar que a zona de Oleiros é um território que necessita com alguma frequência de serviços de emergência devido a ser uma local muito acidentado e sinuoso.
“A falta de remunerações justas é uma das preocupações mais vincadas que temos ouvido e esta situação não ajuda na captação de recursos humanos, juntando à falta de revisão na carreira de acordo com a formação e especificidades de cada bombeiro. Por exemplo, um motorista especializado recebe à volta de 700 euros líquidos”, constata o partido no mesmo documento,
“Os recursos materiais também são uma grande preocupação desta corporação, já que alguns dos veículos de combate aos fogos têm mais de 25 anos, e lembramos que é um concelho que se encontra em pleno Pinhal Interior Sul, agravando que o serviço de INEM é suportando, alguma parte, pela própria corporação de bombeiros”, salienta o BE,
“Um dos factos que mais nos chamou à atenção é a dívida que a Unidade de Saúde Local (ULS) de Castelo Branco tem com os Bombeiros Voluntários de Oleiros, que ascende a 90 mil euros, sobretudo relativos ao transporte de doentes. Para nossa surpresa e consultando a lista de dívidas da ULS da fornecedores, encontramos mais de 140 páginas de dívidas com mais de 30 dias, o que consideramos insustentável para o bom funcionamento do Serviço Nacional de Saúde.
É palpável a necessidade de apoiar estas corporações que cumprem uma missão pública, sem os apoios adequados, tendo de encontrar soluções no plano local e resolver problemas graças ao voluntariado, que cada ano que passa está menos participado”, lê-se ainda no mesmo documento.