Os laboratórios de análises clínicas Germano de Sousa estão fechados ao público e só voltam a funcionar “em pleno” na segunda-feira, na sequência do ataque informático de que foram alvo na quinta-feira, disse à Lusa o administrador do grupo.
De acordo com o médico, hoje, os laboratórios não estão a receber doentes, nem a fazer testes ao SARS-CoV-2.
“É uma falha [impossibilidade de fazer os testes]. Vai fazer falta ao panorama nacional, mas não podemos fazer mais do que isto”, adiantou o fundador do grupo e médico patologista Germano de Sousa.
Adiantou ainda que os rastreios ao vírus SARS-CoV-2 que tinham realizado “vão sair todos e vão ser todos comunicados” à plataforma do Ministério da Saúde SINAVE.
“Estamos a fazer as análises como sempre, isso não foi alterado em nada e estamos a despachar todos os rastreios covid que tínhamos”, disse o patologista.
Questionado se o Grupo Germano de Sousa já recebeu algum pedido de resgate, afirmou que não.
“Teoricamente isto seria um ataque ‘ransomware’ [em que é pedido um resgate]”, mas por enquanto ainda não foi recebida nenhuma mensagem nesse sentido.
O Grupo Germano de Sousa adiantou na quinta-feira em comunicado grupo Germano de Sousa que a sua equipa de cibersegurança está em estreita articulação com todas as autoridades competentes, nomeadamente, a Polícia Judiciária, a Comissão Nacional de Proteção de Dados] e o Centro Nacional de Cibersegurança.
Segundo o grupo Germano de Sousa, o ciberataque, ocorrido na madrugada de quinta-feira, foi “deliberado e criminoso com o objetivo de causar danos e perturbações à sua atividade e aos seus doentes”, mas “não existe qualquer evidência” de que os dados dos seus doentes tenham sido comprometidos.
Afirma ainda no mesmo comunicado que “monitoriza continuamente a segurança da sua infraestrutura e dos seus sistemas de informação”, tendo detetado de imediato o ataque informático e tomadas medidas técnicas de contenção de forma a garantir a proteção de todos os sistemas.
*LUSA – Foto © Germano de Sousa