No âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, a deputada do PSD Cláudia André, eleita por Castelo Branco, questionou a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sobre o financiamento das Instituições do Ensino Superior do Interior.
Salientando que em Portugal “cerca de 50% dos alunos do ensino superior estudam na capital”, Cláudia André reforçou a ideia de que “todos reconhecemos a importância do ensino superior no desenvolvimento do território, fixação das populações e competitividade económica. No entanto, tal como noutros sectores, as instituições de ensino superior no interior são muitas vezes prejudicadas pela competitividade dos cursos, pelo número de alunos, nas bolsas de investigação e outras atividades com menor financiamento”.
Nesse contexto, a parlamentar deu o exemplo da Universidade da Beira Interior (UBI), que “deveria ter recebido no seu orçamento mais 6 milhões de euros”.
“Esta é das universidades portuguesas que recebe menos financiamento por aluno e, ainda hoje, não é compensada com o aumento da sua estrutura com a criação da Faculdade de Medicina”, declarou.
Cláudia André quis saber se “a reformulação do modelo de financiamento das IES terá como critério diferenciar estas instituições que estão localizadas no interior”.
“O despacho para limitações de vagas nas instituições de Ensino Superior do Litoral que fazem competição direta com as do Interior, e que ajuda que as vagas do ensino superior no interior sejam mais completadas, vai ser preferido também igualmente aos outros anos? O PRR permitiu a candidatura a 60 novas licenciaturas propostas pelas universidades e instituições do ensino superior do litoral. Pergunto se estas licenciaturas serão ou não aprovadas?”, interpelou ainda a deputada.
Poderá ver aqui a intervenção da deputada.
