O Instituto Politécnico da Guarda – IPG está desenvolvendo um projeto que visa contribuir para a recuperação de doentes com sintomas prolongados de Covid-19 – como cansaço, falta de ar e dores musculares – recorrendo à prática de exercício físico.
O programa inclui também um componente de sensibilização da pessoa para o autocuidado e aplicação de estratégias que contribuam para a melhoria de sua saúde física e mental.
O objetivo passa por promover a recuperação física, mental e funcional através de um estilo de vida mais saudável.
O projeto chama-se “Recuperar doentes com condição pósCovid-19 do exercício” e acaba de ser distinguido pelo programa Gilead Génese numa cerimónia que decorreu na terça-feira passada-feira, dia 8 de novembro, na Fundação Champalimaud, em Lisboa.
Promovido pela farmacêutica Gilead, com sede na Califórnia, o programa tem o propósito de apoiar projetos de investigação nas áreas de oncologia e virologia e conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.
“Cerca de 10 a30% dos doentes com Covid-19 mantêm os sintomas iniciais ao longo de vários meses”, afirma António Bovolini, docente no IPG responsável pelo projeto. “O nosso objetivo é apoiar a recuperação de doentes e contamos com a colaboração da Unidade de Saúde Local – USL da Guarda para identificar os pacientes com sintomas prolongados de Covid que possam ser beneficiários da intervenção que estamos a desenvolver. Depois avaliamos as capacidades respiratórias e físicas dos utentes para determinar um plano de atividade física adequada ao cada um”.
Os pacientes serão acompanhados durante 16 semanas e, para além de sessões presenciais e on-line supervisionadas, terão acesso uma plataforma digital com informações relevantes que ajudaram na melhoria da qualidade de vida.
Na primeira fase prevê-se o acompanhamento de doentes da zona da Guarda, mas o objetivo passa por alargar a utilização da plataforma a todo o país.
“Este projeto é mais um exemplo do empenho do Politécnico da Guarda em colocar a ciência ao serviço das empresas e da comunidade dando resposta aos problemas concretos, neste caso relacionado com a pandemia da Covid-19”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.
“Nos últimos anos fizemos uma grande aposta na área de investigação, nomeadamente através da contratação de recursos altamente qualificados para integrar e desenvolver projetos em áreas que são estratégicas para o desenvolvimento social e económico da região e do país”.
“Recuperar” é um ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar do IPG constituída por docentes e investigadores da área do Exercício Físico e Saúde, António Bovolini e Carolina Vila-Chã, das Ciências Biomédicas, Raquel Brito, e da Enfermagem, Ermelinda Marques, que desenvolveu seu trabalho em articulação com profissionais de saúde da ULS da Guarda.