- Vimaranense conquista sexto título
- Jogador seguido de Oliveira de Azeméis vence pela primeira vez
- Terceira tentativa vale primeiro título em cadeira de rodas
Francisca JorgeeFábio Coelhoconquistam, neste sábado, os títulos de singulares na 98ª edição do Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto, enquantoJoão Couceiroergueu pela primeira vez o troféu de campeão do Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini.
A prova mais importante do calendário nacional foi organizada pela Federação Portuguesa de Ténis nos campos de piso rápido do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras, entre os dias 6 e 12 de novembro.
Aos 22 anos, Francisca Jorge (número um lusa e 302,ª classificada no ranking WTA) conquistou o sexto título de campeã nacional em singulares com uma vitória contra a irmã mais nova, Matilde Jorge, de 18 anos, por 6-3 e 6-1 em 63 minutos.
Este foi o quinto frente-a-frente entre ambos em 2022 e o terceiro em finais de singulares do Campeonato Nacional Absoluto (também discutir o título em 2019 e 2021), com o desfecho a ser semelhante aos anteriores.
Mais experiente, Francisca Jorge reagiu melhor à ocasião e conseguiu praticar um ténis agressivo e recheado de confiança desde o início.
Já Matilde Jorge, não lidou bem com as emoções do embate e, apesar dos espaços procurados ter que quebrar a consistência da irmã, nunca encontrou a regularidade de que precisava o título pela primeira vez.
“Ser campeão nacional absoluto pelo sexto ano consecutivo é sem dúvida muito especial. É mais um título e a concretização de um objetivo, por isso estou muito contente”, afirmou Francisca Jorge depois de erguer o troféu pela sexta vez consecutiva.
Este fez dela o terceiro tenista da história do ténis português — entre mulheres e homens — venceu a competição em seis ocasiões consecutivas, depois deLeonor Peralta(10) eSofia Prazeres(nove).
No historial de campeãs, os seis títulos de Francisca Jorge colocam-na no mesmo patamar de Maria João Koehler (2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2016) e apenas atrás de Peggy Brixhe (1945, 1946, 1947, 1955, 1961, 1965 e 1966), Angelica Plantier (1925-1927, 1929, 1931-1933 e 1935) e como referida Sofia Prazeres (1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1994, 19944, 1994, 19944, 1994, 1994, 1994, 1994, 1994, 1995, 1996, 1997 e 1998) e Leonor Peralta (1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1979, 1980 e 1982).
“Ser contra a Matilde é claro que não celebro de forma tão efusiva, mas sinto muito cá dentro e é sempre especial. Os momentos que se seguem são difíceis, porque sinto que ela está mais triste, mas não deixa de ser um título que eu deixa muito contente”, concluiu Francisca Jorge, que em 2022 também conquistou o título mais importante da carreira (no ITF de 25.000 dólares de Cantanhede) e alcançou o seu melhor ranking em quer singulares (295.ª), e alcançou o seu melhor ranking em quer singulares (295.ª), e alcançou o seu melhor ranking em quer singulares (295.ª), e alcançou o seu melhor ranking em quer singulares (295.ª), e alcançou o seu melhorrankingquer em singulares (295,ª), quer em pares (152,ª), para além de oito títulos nesta variante (sete deles ao lado de Matilde Jorge).
Se em singulares femininos foi coroada uma “repete campeã”, em singulares masculinos a festa foi inédita: num duelo entre dois novos finalistas, Fábio Coelho levou a melhor sobre Francisco Rocha, por 6-4 e 6-1, e sagrou-se campeão nacional absoluto pela primeira vez.
A final deste sábado foi um braço de ferro entre dois jogadores que se conhecem há vários anos e que já partilharam centenas de horas nos mesmos campos: apesar de ser natural de Oliveira de Azeméis, Coelho treina na Escola de Ténis da Maia, a mesma “base” de Rocha, que nos últimos anos atravessou o Atlântico para estudar na Universidade Estadual do Tennessee Médio, nos EUA, onde está a poucos meses de concluir os estudos em Economia.
Tal como na véspera, quando afastou a primeira cabeça de série Jaime Faria, a estratégia de Fábio Coelho permitiu-lhe carimbar a quarta vitória da semana — todos em doissets.
Se até ao sétimo jogo o encontro foi equilibrado e até pendeu para o lado de Francisco Rocha, que consumou uma quebra de serviço ao sétimo jogo para fazer o 4-3, a partir daí tudo mudou.
Coelho reagiu de forma imediata, aumentou a variedade na pancada de resposta e foi recompensado com um contra-break que passou para o seu lado o ascendente do encontro, ao vencer nove dos últimos 10 jogos.
“Vou demorar algumas horas, ou até o dia todo, a assimilar tudo. Sinto-me sem palavras, mas mesmo muito contente, radiante e até emocionado. Este título é algo com que sonhava desde que comecei a jogar ténis, é o título máximo do ténis nacional e estou muito orgulhoso”, revelou, visivelmente emocionado, após erguer a Taça Guilherme Pinto Basto.
“O fator principal para esta semana foi conseguir manter-me muito focado no meu jogo e acreditar sempre em mim. Isto é algo que podemos sempre dizer, mas que muitas vezes não acontece quando entramos em campo e temos de aplicar a estratégia para derrotar o nosso adversário, ou encolhemo-nos e duvidamos. E acho que durante esta semana eu nunca duvidei”, acrescentou Fábio Coelho a propósito daquele que foi “o resultado do sacrifício que tenho vindo a fazer não só esta semana, mas durante toda a minha carreira.”
Com a vitória deste sábado, Fábio Coelho sucedeu a Nuno Borges (vencedor das duas edições anteriores) na galeria de campeões nacionais absolutos e tornou-se no sétimo jogador diferente a vencer o título de singulares nas últimas 10 edições.
A semana de festa do ténis português na nave de campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor ficou concluída com a coroação dos vencedores do Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini.
A maior figura do dia foi João Couceiro. Depois de perder as finais de 2020 (para Jean Paul Melo) e de 2021 (para Fábio Reis), o jogador do Clube Nacional de Ginástica conseguiu colocar pela primeira vez as mãos no troféu mais desejado ao superar o recordista de títulos, Carlos Leitão (vencedor em 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2019) após uma longa e muito equilibrada batalha, com os parciais de 6-4, 6-7(5) e 6-4.
“Era um título que procurava há algum tempo e ainda não estou em mim, vou levar alguns dias a digerir. Mas sem dúvida alguma que tenho noção da importância deste troféu. Era um título que me escapava há dois anos e acho que este ano é merecido”, comentou depois de realizar um dos objetivos de carreira.
Para além do primeiro título em singulares, João Couceiro ergueu ainda o primeiro título em pares — e com contornos semelhantes: depois de perder as finais de 2018 e 2019 com João Sanona, celebrou ao lado do mesmo parceiro ao vencer Francisco Aguiar e José Sousa por 6-3 e 6-2 naquela que foi a última final do dia.