O cenário para o mercado de habitação não é o mais animador nos dias que correm, revelando-se mesmo um verdadeiro desafio para quem tenha a esperança de “assentar” no atual panorama económico.
Ao deterioramento das condições económicas a nível global soma-se um consequente abrandamento do mercado de habitação, cenário que já vinha sendo previsto desde o segundo semestre de 2022.
A perda de dinâmica do mercado residencial já vai numa queda de 7.6%, uma figura já não vista em Portugal desde fevereiro de 2021, e registou-se também o primeiro abrandamento em dois anos para créditos habitação.
Conheça neste artigo quais os principais fatores que estão a colocar pressão no mercado de habitação do nosso país.
Os Créditos
O preço médio por m2 em Portugal ronda os 2460€. Em vácuo, este simples fato coloca de imediato entraves à aquisição de imóveis uma vez que o salário médio em Portugal ronda os 1350€.
A concessão de créditos para habitação é um fator incontornável na avaliação da força geral do mercado, uma vez que existem poucos indivíduos capazes de comprar uma casa a pronto.
A procura destes créditos para aquisição de habitações experienciou a maior contração histórica no último trimestre de 2022; existem neste momento menos pessoas a procurar financiamento para a compra de casas.
A procura de créditos abrandou de forma transversal, falemos de créditos ao consumo ou habitação e existem vários fatores que contribuíram para esta queda na busca por financiamento, mas o crédito habitação tem sido o mais afetado.
Em última instância, três considerações devem ser levadas em conta para compreender o motivo desta contração histórica na procura de crédito habitação:
- aumento das taxas de juros, inclusive a taxa Euribor;
- evolução das perspetivas sobre o mercado imobiliário;
- queda da confiança dos consumidores.
O fator determinante – principal motivo pelo ambiente de menor confiança por parte dos consumidores – é o aumento das taxas de juro. Se tiver que pagar maiores juros perante um financiamento, a tendência é pensar duas vezes.
Caso nos seja possível dar resposta à alta inflação através destas(e outras) medidas, é possível que vejamos as taxas de juro amenizarem novamente ao longo deste ano mas ainda é cedo para o afirmar.
Com o tempo, poderemos obter uma estabilização do mercado habitação mas existem outras considerações a ter. Aliada à alta procura por parte de famílias portuguesas acresce o elevado interesse dos estrangeiros por Portugal.
As Casas
Um dos fatores mais badalados ao longo dos últimos anos em Portugal, especialmente em capitais de distrito(com especial destaque para Lisboa, Porto e Coimbra), é a baixa oferta de imóveis.
Seja para venda ou arrendamento, o setor carece de falta de empreendedorismo e construção. Logicamente, se existe pouca oferta, a aquisição de um imóvel verá o seu preço inflacionado.
Aumentos significativos dos custos de construção, emolumentos, licenças e taxas de juro são apontados como os principais fatores para que mais de 80% do mercado de habitação português se faça entre imóveis usados.
É pouco provável que se observe uma descida real, mensurável dos preços padrão em Portugal até que promotores consigam adequar os seus projetos a uma teia de envolvência menos punitiva.
Os bancos aprenderam com as crises do passado e, por isso, é pouco provável que vejamos uma crise como a de 2009 tão cedo. Embora os seus efeitos tenham sido nefastos, à data era possível obter imóveis a preços subavaliados.
Crédito Consolidado – Uma Solução à Medida
Em qualquer dos casos, uma consolidação de crédito poderá ser uma alternativa viável para muitos portugueses que busquem comprar casa; a somar à folga financeira que traz no imediato passará a dever uma só prestação com um prazo alargado, a uma só entidade.
O crédito consolidado concede-lhe a oportunidade de aligeirar os seus encargos mensais a troco de um montante total acrescido.
Ao pedir crédito consolidado junto de uma instituição financeira, esta adquire as obrigações que tenha junto dos seus múltiplos credores, somando juros a esse montante total em dívida; o prazo de pagamento é prolongado, acrescendo o montante total em dívida.
O crédito consolidado beneficia o consumidor pois pratica taxas de juro apelativas, poupança em comissões(pois só deverá a um credor), permite a requisição de financiamento posterior e é de aprovação rápida.
Tenha em conta que caso deseje consolidar também um crédito à habitação, o valor total do seu crédito habitação e o valor de mercado da sua habitação serão fatores de peso na aprovação e consequentes condições contratuais.
Utilize um simulador de crédito consolidado e saiba quanto pode poupar no imediato.