Depois de Lisboa e Porto, também Coimbra está no mapa das manifestações “Casa Para Viver”, pelo direito à habitação, inseridas numa semana de ações e manifestações por toda a Europa.
O movimento Porta Adentro marca uma concentração para as 15H00 na Praça 8 de Maio.
O movimento Porta Adentro surgiu em Coimbra depois de uma reunião aberta promovida pela associação Chão das Lutas, que deixou a vontade de também nesta cidade se assinalar o 1 de abril como um dia de protesto pelo direito à habitação, inserido no movimento europeu Housing Action Days 2023.
O nome Porta Adentro, simboliza a importância de cada pessoa ter uma porta a que possa chamar sua, uma casa para morar, mas também a força que representa ser capaz de sair “porta for a” para reivindicar aquilo que é um direito basilar para uma vida digna.
O manifesto da concentração de dia 1 de abril assenta em três pilares – direito à habitação, direito à cidade e fim da exploração e do aumento do custo de vida – ficando a promessa de lutar contra a loucura das rendas e a falta de acesso à habitação, até que toda a gente tenha Casa Para Viver:
O movimento de Coimbra, “cidade universitária”, destaca ainda as dificuldades das pessoas estudantes, lembrando que todos os anos centenas de jovens abandonam os estudos porque não encontram habitação a preços acessíveis, não deixando de referir a falta de condições da maioria das Residências Universitárias e a nítida negligência de que são alvo as Repúblicas de Estudantes.
O Porta Adentro termina o manifesto defendendo que é tempo de não esquecer direitos fundamentais: “Assim, não esqueçamos que a habitação digna, em condições de higiene e salubridade é um direito constitucionalmente consagrado que não pode estar refém dos lucros, especialmente dos bancos e fundos imobiliários. Um direito fundamental tão valoroso como o da vida, da liberdade e da integridade pessoal: quem não tem um tecto não tem uma vida, apenas sobrevive; quem não tem uma casa para morar não é realmente livre; e quem mora na rua tem a sua integridade física em risco diariamente”.
Este é um movimento recém formado, ainda em crescimento, que apela ao contacto de quem se interesse em pôr a iniciativa em marcha, através de mensagem nas redes sociais.
Também as subscrições do manifesto estão abertas a associações, coletivos, cidadãs e cidadãos que se queiram associar à concentração Casa Para Viver.
Link para subscrição do manifesto: https://tinyurl.com/