Em 2021, as Eleições Autárquicas determinaram a vitória do Partido Socialista em Castelo Branco, embora sem maioria absoluta.
Nesse momento, o PSD entendeu que devia respeitar a vontade expressa pela população e garantir a estabilidade e governabilidade do Município.
No momento da discussão do Orçamento Municipal para 2022, apresentamos um conjunto de medidas que constavam no programa eleitoral da candidatura Social Democrata:
1. Devolução gradual do IRS ao longo do mandato, até atingir os 4%;
2. Creches gratuitas para todas as crianças do concelho;
3. Alimentação gratuita para todas as crianças que frequentem a educação pré-escolar;
4. Gratuitidade dos transportes públicos.
São propostas que fazem a diferença no dia-a-dia das famílias, que aumentam o rendimento disponível dos albicastrenses, que tornam o concelho mais atrativo e com mais qualidade de vida.
A sua inclusão no Orçamento Municipal para 2022 determinou o voto favorável dos eleitos do PSD.
Conhecemos, agora, os dados da execução desse orçamento e os números são preocupantes.
No ano passado, a execução orçamental foi de 50%. Ou seja, a Câmara Municipal gastou apenas metade do dinheiro que tinha previsto.
Agrava a situação o facto de 70% do valor gasto se destinar a despesas correntes, sobretudo despesas com pessoal, e somente 30 % a despesas de capital, isto é, investimento direto no concelho.
O executivo socialista iludiu os albicastrenses com um orçamento irrealista de mais de 80M€ e revelou total incapacidade de executar os projetos que apresentou, ou seja, de investir no desenvolvimento do concelho de Castelo Branco.
Como pode o Presidente da Câmara regozijar-se com o “lucro” de mais de 1M€ obtido em 2022 quando isso revela, não boa gestão, mas ausência de investimento?
Num ano de grandes dificuldades, em que seria expectável e compreensível que a Câmara Municipal despendesse mais dinheiro para apoios sociais, a verdade é que optou por continuar a acumular fortuna nos depósitos a prazo.