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Jovem de Penamacor propõe recurso educativo para explorar a ecologia dos ribeiros em contexto de ensino formal e informal

Guilherme Barreto, aluno do primeiro ano do Mestrado em Ecologia no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, acaba de publicar um artigo na Revista CAPTAR, destinada ao público escolar, onde propõe a utilização de um aquário de invertebrados fragmentadores como recurso para explorar os ribeiros de floresta em contexto de sala de aula, mas que também pode ser utilizado em contexto informal.

Neste trabalho, desenvolvido no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) sob a supervisão da investigadora Verónica Ferreira (MARE, Universidade de Coimbra), o antigo aluno da Escola Secundária Amato Lusitano em Castelo Branco, descreve passo-a-passo o procedimento para a montagem e a manutenção de um aquário usando materiais e organismos que podem ser recolhidos em ribeiros de floresta.

“Os invertebrados fragmentadores são pequenos organismos aquáticos que se alimentam de folhas e que podem ser encontrados associados às acumulações de detritos vegetais em zonas de baixa corrente em ribeiros de floresta, principalmente entre o outono e a primavera”, esclarece o jovem investigador. “Para o aquário, usámos larvas de tricópteros porque constroem um casulo que os torna muito curiosos aos olhos dos alunos, e são fáceis de recolher e de manter em aquário”, acrescenta.

“O procedimento que descrevemos permite manter o aquário entre alguns dias a vários meses, dependendo do objetivo, com custos reduzidos já que pode ser usada água da torneira e os invertebrados fragmentadores são alimentados com folhas de árvore”, refere Guilherme Barreto, acrescentando ainda que “o aquário pode até ser montado em casa, para estimular a curiosidade dos mais pequenos”.

Verónica Ferreira e Guilherme Barreto

No entanto, o jovem investigador adverte que “as larvas devem ser devolvidas ao ribeiro na primavera para que possam passar pelo processo da metamorfose e dar origem ao adulto voador que se vai alimentar do néctar das flores“.

“O aquário de fragmentadores que propomos pode ser usado como recurso educativo para abordar diferentes temáticas em biologia de uma forma apelativa e interativa, contribuindo para aumentar a literacia dos jovens sobre os ribeiros e ao mesmo tempo para despertar a sua consciência para a necessidade de proteção e de restauro destes ecossistemas”, enfatiza a coordenadora do trabalho.

Todo o procedimento está descrito no artigo “Aquário de fragmentadores – um recurso para explorar a ecologia dos ribeiros de floresta”, disponível online na página da Revista CAPTAR em https://doi.org/10.34624/captar.v12i0.32745

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