No dia 16 de Setembro, a USCB/CGTP-IN realizará uma Luta pela Defesa e Reforço do SNS, Público, Universal e Gratuito, em frente ao CHUCB pelas 10H00 onde exigirá uma política que respeite os profissionais e garanta o direito a Saúde.
“Por todo o País, os trabalhadores sentem o aumento do custo de vida, a degradação do seu poder de compra e o ataque aos direitos, onde se inclui a degradação dos serviços públicos, em particular do Serviço Nacional de Saúde – SNS.
O Governo não responde aos problemas estruturais que o País enfrenta e avança com medidas muito insuficientes para resolver as dificuldades do dia-a-dia com, que os trabalhadores, reformados e pensionistas estão confrontados e, ao mesmo tempo, deixa intocáveis os lucros das grandes empresas e dos grupos económicos e financeiros, que não param de aumentar.
Os sucessivos aumentos das taxas de juro do crédito a habitação trazem mais dificuldades para quem trabalha ou trabalhou uma vida inteira.
Mas os trabalhadores não aceitam inevitabilidades, e apesar das dificuldades continuarão a dar combate as tentativas de agravamento da exploração, das injustiças e desigualdades que levam tantos ao empobrecimento. Lutam, nos locais de trabalho e na rua, para exigir mais salário, mais direitos, melhores serviços públicos — Um SNS público, universal e gratuito.
A opção deste Governo traduz-se no desinvestimento e subfinanciamento do SNS, na falta e desvalorização dos seus profissionais, nas carências de equipamentos e falha na resposta nos cuidados de saúde primários, de camas de internamento nos hospitais bem como nos cuidados continuados, no congestionamento das urgências hospitalares, nas longas listas de espera para consultas de especialidade ou cirurgia, exames, tratamentos, entre outros.
Não é aceitável que o Governo continue sem contratar os profissionais suficientes para a prestação de cuidados de saúde a quem vive no nosso país.
Não é aceitável que o Governo desvalorize as suas remunerações, carreiras e condições de trabalho, que lhes imponha uma carga laboral cada vez mais pesada, empurrando-os para a exaustão e para for a dos hospitais e centros de saúde públicos, favorecendo os interesses dos grupos privados.
Enquanto os trabalhadores da saúde ganham cada vez menos e a população paga cada vez mais a saúde do seu bolso, o Governo transfere recursos crescentes do Orçamento do Estado para o sector privado.
Neste sentido, exigimos a alteração desta política de saúde que tem como consequência 1 milhão e 700 mil utentes sem médico de família e o encerramento de serviços de Saúde.
Sabemos que não é no sector privado que está a solução para o Direito a Saúde, é no SNS que, mesmo debaixo deste ataque, continua a ser fonte de progresso social, sendo exemplo, a sua resposta à COVID-19, enquanto os privados fecharam as portas na resposta à epidemia.
A situação actual exige uma forte resposta de toda a população e dos trabalhadores, a começar pelos profissionais de Saúde, para exigir condições de trabalho, carreiras e remunerações dignas, e mais investimento na modernização do SNS, para que sejam garantidos a toda a população os cuidados de Saúde de que necessita, independentemente dos seus recursos económicos, em particular às crianças, às grávidas, aos doentes crónicos e aos idosos, para garantir uma política de promoção da Saúde e de prevenção da doença.
Queremos uma política que recupere e valorize o Serviço Nacional de Saúde, conquista de Abril, que é a única garantia do direito à Saúde para todos os portugueses.”, refere a central sindical em comunicado.