10.1 C
Castelo Branco
Quarta-feira, Dezembro 6, 2023
No menu items!
InícioNacionalPolitécnico da Guarda lança novas iniciativas de apoio à saúde mental

Politécnico da Guarda lança novas iniciativas de apoio à saúde mental

O IPG tem em funcionamento um Gabinete de Apoio Psicológico. Para diversificar o apoio que fornece à comunidade académica, vai lançar workshops de sensibilização sobre saúde mental e bem-estar e iniciativas para apoiar alunos com necessidades educativas especiais e para reduzir o abandono escolar. Haverá também um espaço de partilha de experiências entre estudantes de estágio clínico.

O Instituto Politécnico da Guarda – IPG irá lançar um conjunto de iniciativas de valorização e apoio à saúde mental no seio académico, através do seu Gabinete de Apoio Psicológico – GAP.

Além de estar a organizar uma série de workshops de sensibilização sobre saúde mental, o IPG criou o Espaço Diferença, orientado para a integração de alunos com necessidades educativas especiais, e o Peer Mentoring, projeto de mentoria para ajudar a mitigar o abandono escolar.

Odília Cavaco, docente do IPG, psicóloga, coordenadora do GAP e atual provedora do estudante, afirma que “no IPG há um forte compromisso para com a saúde dos estudantes: disponibilizamos apoio psicológico desde 2009 e temos diversificado o espectro das iniciativas tendo em vista chegar ao maior número de alunos possível”.

Atualmente, o IPG dispõe de um espaço especialmente dedicado a consultas de psicologia clínica, com uma regularidade semanal.

Esta é uma área em que o Politécnico da Guarda se distingue a nível nacional, uma vez que – segundo um estudo encomendado pelo Governo que foi divulgado há uma semana – “um quarto das instituições de ensino superior nacionais não dispõe de um serviço dedicado à promoção de saúde mental ou ao bem-estar psicológico das comunidades académicas”.

Segundo o Programa para a Promoção de Saúde Mental no Ensino Superior, “as lacunas acentuam nas instituições do interior do país”, sendo o IPG uma exceção nesta matéria.

Os workshops anunciados pelo GAP do Politécnico da Guarda vão ser lançados ao longo do ano letivo e dividem-se em três categorias.

Aprendizagem, com sessões direcionadas, por exemplo, para a gestão de tempo e organização do estudo. Prevenção de comportamentos de risco

E saúde e bem-estar, com atividades sobre temas como alimentação, sono e gestão financeira.

Está também prestes a ser lançado o Espaço Diferença, uma iniciativa dedicada ao apoio psicopedagógico de alunos com necessidades educativas especiais – tanto a nível relacional como de aprendizagem.

Através de intervenções personalizadas individuais ou em grupo, ir-se-á aumentar a integração destes alunos na vida académica e promover o seu sucesso escolar.

A iniciativa fornece também apoio para docentes que sintam dificuldades na relação pedagógica com estes alunos.

“Gerir e comunicar com um aluno com necessidades especiais não é fácil”, afirma Odília Cavaco.

“É por isso que o GAP dá apoio direto aos docentes, formando-os para saberem lidar com as diferentes nuances envolvidas no processo de aprendizagem destes alunos: no semestre passado, por exemplo, fizemos um workshop sobre autismo e epilepsia”.

Tendo em vista mitigar o abandono escolar, o IPG está a implementar o Programa “Skills 4 Pós-Covid – Competências para o Futuro no Ensino Superior”.

Entre as iniciativas propostas, vai lançar o Peer Mentoring, projeto no qual estudantes de anos mais avançados fazem sessões de mentoria individuais com alunos de primeiro ano para que partilhem as suas dúvidas ou preocupações e se sintam mais acolhidos no meio académico.

O IPG prepara-se ainda para relançar o Espaço Partilha, direcionado a estudantes de ensino clínico, nomeadamente da licenciatura em Enfermagem.

A iniciativa quer criar um espaço de partilha das dificuldades e emoções vivenciadas pelos estudantes no contexto de estágio, relacionadas com sofrimento e morte.

“No estágio curricular não há espaço para os estudantes exprimirem e gerirem as suas emoções sem se sentirem avaliados. O Espaço Partilha é um espaço neutro, de reflexão e apoio”, afirma a coordenadora do GAP.

A integração de atividades deste tipo nos meios clínicos tem vindo a crescer nos países europeus, como acontece na Suíça, onde é uma prática corrente.

No passado ano letivo, o GAP ganhou o concurso promovido pela Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento e pela Ordem dos Psicólogos Portugueses – Programa “Saúde Mental no Ensino Superior”, com o Projeto “Desejar-Comunicar-Agir”, no âmbito do qual dinamizou várias atividades.

Leave a Reply

- Advertisment -

Most Popular

COMENTÁRIOS RECENTES

Paula Alexandra Farinha Pedroso on Elias Vaz lança livro sobre lendas e mitos de Monsanto
%d