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Eurodeputado José Inácio Faria visita minas de urânio a céu aberto na fronteira de Portugal

O Eurodeputado do Partido da Terra – MPT, José Inácio Faria, está a visitar hoje, por sua iniciativa, com a Organização STOP URÂNIO as minas de urânio a céu aberto em Retortillo onde procura avaliar o impacto ambiental na região e as potenciais consequências nefastas para Portugal.

Apesar de a Comissão Europeia ter declarado que o Governo espanhol cumpriu com os requisitos da legislação europeia, os projetos de extração de urânio perto de Salamanca (Alameda de Garón e Retortillo-Santidad) consistem numa unidade de reprocessamento de urânio e num depósito de resíduos radioactivos situado numa zona Natura 2000, ambas a poucos quilómetros de Portugal e com efeitos ainda desconhecidos na população.

Note-se que a Junta de Castela e Leão e o Ministério Espanhol da Energia, Turismo e Agenda Digital concederam as primeiras autorizações à mina sem avaliar os riscos da radioactividade para a população.

Além disso, os poucos empregos sustentáveis e duradouros na região, em sectores como a pecuária ou o turismo termal, provavelmente serão extinguidos devido à exploração da mina.

Envolta em controvérsia, a empresa que explora a concessão tentou ainda bloquear a nomeação para o Conselho de Segurança Nuclear espanhol de um conselheiro que havia manifestado a sua posição pública contra esta exploração.

Vendo gorado o bloqueio, a empresa poderá enfrentar problemas de financiamento com um dos investidores a vender a sua participação no capital da mesma.

Tendo já questionado a Comissão Europeia em Janeiro de 2017 e, mais recentemente em Março de 2019, acerca do projeto “Retortillo-Santidad”, José Inácio Faria lamenta, não só, a contínua exploração mineira numa região visivelmente afectada por estas prácticas, como também a inércia do Governo português perante uma questão transfronteiriça com implicações não só a curto como a longo prazo.

“Está a repetir-se o filme de Almaraz! Lembre-se que, tal como no caso da central nuclear, não houve informação pública em Portugal, também, sobre a mina de Retortillo com a desculpa de inexistência de efeitos transfronteiriços, mas não há nenhum estudo que suporte esta tese. Antes pelo contrário. Até a Agência Portuguesa do Ambiente reconhece o risco da proximidade deste tipo de exploração a escassos quilómetros da nossa fronteira. Por isso tem de ser feita uma avaliação do risco conjunta.
Infelizmente, mantemos o provérbio de que de Espanha nem bom vento, nem bom casamento!” , lembra José Inácio Faria.

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